“Não foi só o problema do treinador que resolvemos esta segunda-feira. Durante a manhã estive reunido com o presidente da SAD, Vítor Hugo Valente, com a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, e com o senhor António Casaca, para tentar resolver o problema da penhora dos terrenos do estádio do Bonfim, que (com os juros) já ascende a mais de 600 mil euros”, disse à lusa o dirigente sadino.
“Também neste caso chegámos a um acordo de princípio que nos poderá permitir ultrapassar este problema”, disse Fernando Oliveira, lembrando que os terrenos do estádio do Bonfim (Lote 8) estavam penhorados a favor de António Lobo Marques Casaca desde 15 de Janeiro de 2009.
António Lobo Marques Casaca adquiriu os créditos de uma livrança antiga, de 100 mil contos (500 mil euros), avalizada por Josué Monteiro e Fernando Pedrosa, do antigo Banco Exterior de Espanha (que entretanto se fundiu com o Banco Bilbao e Vizcaya), a 11 de Dezembro de 2007.
Apesar das tentativas que terá desenvolvido desde então junto do Vitória de Setúbal, o titular dos créditos em causa (520 mil euros e respectivos juros), António Casaca não conseguiu receber o montante de que era credor, pelo que decidiu avançar com a “penhora do direito de fundeiro” dos terrenos do actual estádio do Bonfim.
O direito de superfície dos terrenos do estádio do Bonfim tinha sido cedido anteriormente a uma empresa do grupo Pluripar, participada da Sociedade Lusa de Negócios, por um período de 90 anos, mediante o pagamento de rendas, parte das quais liquidadas antecipadamente por aquele grupo económico.
“A penhora do estádio do Bonfim foi apenas mais uma das muitas dívidas que encontrámos no Vitória de Setúbal e que tempos procurado resolver”, disse Fernando Oliveira.
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