A Doyen Sports admitiu hoje que o Sporting foi condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a pagar mais à agência do que esta tinha proposto no âmbito da transferência do futebolista Marcos Rojo para o Manchester United.

Em comunicado, a agência desportiva refere que os ‘leões’ deverão pagar “mais de 17 milhões de euros (ME), ao contrário do valor significativamente inferior proposto pela Doyen Sports ao Sporting em agosto de 2014”.

Sem fazer qualquer referência ao valor que propôs em 2014, a Doyen esclarece que à condenação do TAS, anunciada na quinta-feira, que obriga o Sporting a pagar uma verba a rondar os 12 ME, se juntam os 4,5 ME já pagos pelo clube aquando da venda do argentino ao clube inglês.

No comunicado, a agência desportiva lamenta a postura do Sporting e anuncia que irá avançar com ações contra aqueles que atentaram contra o bom nome da empresa e do seu CEO [Nélio Lucas]”, porque “pretende ser compensada por danos ao seu bom nome e aos prejuízos associados às repetidas difamações de que foi alvo”.

Para o CEO da empresa, a decisão do TAS confirma a validade e a integridade da atividade da Doyen Sports na indústria do futebol” e mostra que em cada operação “está contratualmente garantido que os clubes tem controlo sobre a sua política de transferências, e que o jogador tem a última palavra a dizer sobre onde pretende jogar, tendo em conta que nem sequer é parte do contrato”.

No início da semana, o TAS condenou o Sporting a pagar à Doyen cerca de 12 ME, acrescidos de juros, e a liquidar, no prazo de três dias, 75% de qualquer montante que possa advir para o clube, como consequência do seu direito de 20% de mais-valias em qualquer transferência futura superior a 23 ME.

O clube lisboeta e a Doyen, que investiu três milhões e era detentora de 75% dos direitos económicos do defesa internacional argentino, entraram em conflito no ano passado, a propósito da proposta do Manchester United para a transferência do Rojo, que acabou por acontecer por 20 ME.

Dias antes da mudança do defesa para Old Trafford, o Sporting rescindiu unilateralmente os contratos que tinha com o fundo de investimento, relativos a Rojo e também ao marroquino Labyad, alegando justa causa.

Com esta decisão, o clube de Alvalade restituiu à Doyen os três milhões de euros que o fundo tinha investido no jogador e pagou quatro milhões ao Spartak Moscovo, clube em que Rojo tinha atuado antes de ingressar em Alvalade e que tinha direito a uma percentagem numa futura transferência.

Na altura, em agosto de 2014, o Sporting anunciou que, da restante verba que recebeu do Manchester United, iria investir nove milhões de euros na construção de um novo pavilhão para o clube.

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