Um terço do campeonato já passou e, como tal, está na hora de refletir sobre o que mudou e o que se manteve em relação ao período homólogo da temporada passada. Começando por cima: volvidas 11 jornadas da Primeira Liga, o primeiro aspeto a ter em conta prende-se com a campanha do FC Porto.

Os ‘dragões’ seguem isolados na liderança da prova (desde a sexta jornada), com 31 pontos, mais quatro do que o segundo classificado, o Sporting. Com dez vitórias e um empate, a equipa de Sérgio Conceição – assumiu o comando técnico no último verão - apresenta uma evolução francamente positiva quando comparada com o primeiro terço de 2016/17. Então, os ‘azuis e brancos’ estavam no quarto lugar com 22 pontos (seis vitórias, quatro empates e uma derrota), atrás de Benfica, Sporting e SC Braga.

O número de golos marcados e sofridos também sofreu alterações: se antes a equipa da cidade Invicta tinha 19 golos marcados e cinco sofridos nesta fase do campeonato, agora conta com 30 remates certeiros contra quatro sofridos. Tem, por isso, o melhor ataque da competição bem como a defesa menos batida.

Em sentido inverso, os números deste arranque da Primeira Liga mostram uma ligeira quebra do Benfica. A equipa de Rui Vitória soma menos três pontos do que há um ano e ocupa neste momento o terceiro lugar da tabela classificativa, com 26 pontos, estando a um do Sporting e a cinco do FC Porto. Na época transata, à 11.ª jornada, já se encontrava na liderança. Esta quebra por parte dos ‘encarnados’ traduz-se também nos golos: tem menos três marcados e mais três sofridos em relação a 2016/17.

Quanto ao Sporting, nada mudou em termos classificativos, uma vez que o conjunto ‘leonino’ mantém-se na segunda posição, por outro lado, há sinais de melhoria relativamente ao ano passado. O conjunto orientado por Jorge Jesus soma mais três pontos do que na temporada anterior (27) e tem também mais três golos marcados e menos três golos sofridos. Está, neste momento, a quatro pontos do FC Porto.

Nem só nos três 'grandes' houve mudanças

O SC Braga, atualmente na quarta posição com 22 pontos, tem menos um ponto do que há um ano – era terceiro com 23 –, menos dois golos marcados e o mesmo número de golos sofridos. Já o Vitória de Guimarães sofreu uma quebra em relação a 2016/17: passou de quinto classificado com 20 pontos a oitavo, com 14. O saldo de golos, por sua vez, passou de positivo a negativo: 20 golos marcados e 14 sofridos à 11.ª jornada do ano passado, contra 14 golos marcados e 21 sofridos até ao momento.

Destaque ainda para o crescimento do Marítimo. A equipa de Daniel Ramos soma mais oito pontos em relação ao período homólogo do campeonato transato, o que lhe valeu um ‘salto’ na classificação da nona para a quinta posição. Tem ainda mais sete golos marcados e o mesmo número de golos sofridos.

Passando para o fundo da tabela, há um clube cujo trajeto descendente salta à vista. O Estoril, que no ano passado ocupava o sétimo lugar, é agora o ‘lanterna vermelha’ do campeonato, com apenas seis pontos (duas vitórias e nove derrotas), menos oito do que na temporada passada. Tem ainda menos dois golos marcados e mais 13 golos sofridos. Esta campanha resultou, inclusive, na saída de Pedro Emanuel do comando técnico da equipa da Linha.

Em 2016/17 era o Moreirense quem se encontrava no último lugar do campeonato, se bem que o panorama dos ‘cónegos’ não sofreu grandes mudanças. A equipa de Sérgio Vieira – substituiu Manuel Machado esta época – está atualmente na penúltima posição, com sete pontos, mais um do que o Estoril. Tem menos um golo marcado (7) e mais dois sofridos (19).