O FC Porto voltou aos triunfos a sul do país depois de uma longa caminhada de 12 jogos sem qualquer vitória abaixo do Mondego. Brahimi e Jackson Martínez foram os autores dos golos no triunfo justo dos 'dragões' frente a um Vitória de Setúbal que nunca importunou verdadeiramente Helton. No entanto, o empate na Luz ainda faz mossa na equipa de Lopetegui e a exibição no Bonfim só teve mesmo de bom o fim do jejum de Jackson que regressou ao topo da lista dos melhores marcadores.

Dia cinzento em Setúbal para receber o jogo da 31ª jornada entre Vitória de Setúbal e FC Porto. As bancadas 'despidas' do Bonfim davam sinal de que não há muita confiança entre os adeptos portistas em relação à conquista do título. Antes do apito inicial, um adepto do Vitória de Setúbal confidencia-nos que, 'se o Benfica tivesse perdido pontos em Barcelos" o Estádio do Bonfim 'estaria a abarrotar pelas costuras' para ver o FC Porto.

O início do jogo ficou desde logo marcado pelo domínio avassalador do FC Porto. A habitual posse de bola dos jogadores portistas voltou a ser uma evidência, senão mesmo uma imagem de marca deste FC Porto de Julen Lopetegui. Os jogadores do Vitória de Setúbal não conseguiam recuperar a bola no meio campo e limitavam-se a correr atrás dos jogadores do FC Porto. Quaresma e Herrera regressaram à titularidade após o empate na Luz e foi dos pés do extremo português que o perigo começou a rondar a baliza de Raeder, guarda-redes do Vitória de Setúbal que passou pelo Bayern Munique.

Aos 15 minutos, o FC Porto abriu o marcador no primeiro remate direccionado à baliza 'sadina'. Sem Danilo no lado direito coube a Ricardo fazer 'dupla' com Quaresma, e logo no primeiro cruzamento o defesa portista encontrou no extremo oposto Brahimi para o 1-0. O argelino demonstrou uma frieza calculista para desferir um remate para o fundo da baliza de Raeder.

Com a vantagem no marcador, a formação portista não baixou de intensidade. O domínio de jogo era avassalador, mas faltavam remates e objectividade à equipa de Lopetegui. Aos 16 minutos, Quaresma ensaiou uma trivela, mas Raeder, atento, impediu o regresso aos golos do extremo português. E se no lado direito Quaresma não estava a render, aos 30 minutos o número 7 do FC Porto procurou outro caminho, o do meio, para combinar com Alex Sandro numa jogada que poderia ter dado em golo.

Antes do intervalo, o Vitória de Setúbal esteve várias vezes em risco de ver o resultado ser dilatado, mas a falta de pontaria dos jogadores do FC Porto deixaram o resultado em 1-0 no final da primeira parte. Destaque para dois lances no primeiro tempo em que as equipas reclamaram grande penalidade e a lesão de Marcano que obrigou Lopetegui a lançar Martins Indi aos 25 minutos. Mas em relação aos lances de grande penalidade, primeiro foi o FC Porto a queixar-se de uma falta sobre Brahimi aos 40 minutos dentro da grande área. O argelino do FC Porto recuperou uma bola a meio campo, e quando se ia a dirigir para a baliza isolado parece ser travado em falta por Dani. Já o Vitória de Setúbal queixou-se de uma mão na bola de Alex Sandro aos 44 minutos na sequência de um livre na direita.

No segundo tempo, Lopetegui tirou Quaresma e apostou na entrada de Evandro para dar mais profundidade ao corredor direito do FC Porto. O extremo português não gostou da decisão técnica e nem sequer cumprimentou o treinador basco a caminho do banco de suplentes. Do lado do Vitória de Setúbal, Bruno Ribeiro apostou na entrada de Miguel Pedro para a saída de Hélder Cabral.

O FC Porto continuou a dominar o jogo, mas o Vitória de Setúbal apresentou-se mais 'atrevido' nas incursões à baliza de Helton. Perante o forte domínio a meio campo do FC Porto, os sadinos tentaram explorar o contra ataque pelas alas, mas sem nunca criar verdadeiro perigo junto à baliza de Helton. A única excepção talvez tenha sido o cabeceamento de Zequinha aos 76 minutos que obrigou o guarda-redes brasileiro a aplicar-se.

Estava segura a vantagem do FC Porto que também não procurou muito o golo na etapa complementar, acabando o encontro a gerir com relativa facilidade o adversário. Aos 90 minutos, Herrera num excelente passe assiste Jackson Martínez para o 2-0. O avançado colombiano, frente a Raeder, não desperdiçou a oportunidade de voltar a isolar-se no topo dos melhores marcadores e com um remate colocado sentenciou o encontro e fixou o resultado final em 2-0.

Com este resultado, o FC Porto garantiu a perseguição ao líder Benfica e manteve a expectativa em relação às três jornadas que faltam para terminar o campeonato nacional. Os 'dragões' continuam a três pontos da equipa de Jorge Jesus, mas no Bonfim a 'depressão' após o empate na Luz e a eliminação na Liga dos Campeões foi bastante patente. O FC Porto precisa que o Benfica perca pontos em dois dos próximos jogos dos 'encarnados', mas o cenário não está favorável à equipa de Lopetegui.

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