A Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) pediu informações adicionais sobre as vendas dos futebolistas Witsel e Hulk ao Zenit com base em «dúvidas colocadas publicamente» sobre os dois negócios, disse hoje o presidente do organismo.

Carlos Tavares, que falava depois de ter participado na conferência internacional sobre "perceção interdisciplinar da fraude e corrupção", na Faculdade Economia do Porto, precisou que neste caso a CMVM "«obrigação» de esclarecer essas mesmas dúvidas, que surgiram através de notícias e comentários.

O responsável acrescentou que este pedido surge para conforto «dos investidores, daqueles que compram e vendem ações todos os dias no mercado.»

«Todos os dias fazemos pedidos de informação a muitas sociedades, mas estes são mais mediáticos, talvez pela própria natureza das entidades em causa», referiu.

Carlos Tavares realçou ser «um procedimento normal pedir informações sobre contratos, sobretudo quanto têm relevância económica para as sociedades envolvidas, como é o caso» das SAD de Benfica e FC Porto.

Benfica e FC Porto comunicaram à CMVM que Witsel e Hulk foram vendidos, cada um, por 40 milhões de euros, mas algumas notícias posteriores levantaram dúvidas sobre os valores e os contornos exatos dos dois negócios.

«A nós só nos interessa aquilo que é a receita das próprias sociedades. A CMVM não pode substituir-se aos mecanismos desportivos em termos de transparência desportiva, ou seja, se há pagamentos para além daqueles que são recebidos pela própria sociedade. Isso não é uma matéria que nos diga respeito», esclareceu Carlos Tavares.

De acordo com o dirigente, a CMVM tem «de garantir é que aquilo que as SAD, neste caso do Benfica e do FC Porto, receberam é aquilo que está referido publicamente como tendo recebido.»

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