Resumo: O Sporting somou a primeira derrota oficial da temporada na deslocação a Braga com a equipa de Abel Ferreira a garantir os três pontos aos 67' minutos com um golo solitário de Dyego Sousa.
Num jogo equilibrado na 'Pedreira' em que houve poucas ocasiões de golo para ambos os lados, valeu a eficácia do conjunto bracarense perante um Sporting sem o 'poder de fogo' de outros tempos. A ausência de Bas Dost na equipa do Sporting continua a sentir-se e nem a irreverência de Raphinha ou experiência de Nani valeram a José Peseiro no regresso a Braga.
Abel Ferreira esteve em destaque nas substituições que fez ao longo do jogo, acertando em cheio com a entrada de Eduardo no segundo tempo. A solidez defensiva de ambas equipas parecia que ia deixar o jogo empatado a 0-0, mas aos 67' minutos Eduardo 'descobriu' Dyego Sousa na área do Sporting e o avançado brasileiro não desperdiçou o golo ao seu nono remate no encontro.
José Peseiro ainda lançou Jovane Cabral na etapa complementar e o cabo-verdiano ia fazendo estragos na área contrária em cima do minuto noventa, mas Tiago Sá com uma boa intervenção segurou os três pontos e a liderança partilhada agora somente com o Benfica.

Momento do jogo: Num jogo extremamente equilibrado entre duas equipas que se conhecem bem foi a eficácia a fazer a diferença numa partida com poucas ocasiões flagrantes de golo. Aos 67' minutos, Dyego Sousa correspondeu da melhor forma a um cruzamento no lado esquerdo de Eduardo e com um toque de classe bateu Salin para o 1-0.
Golo de Dyego Sousa
Os melhores:
Dyego Sousa: Uma seta apontada à baliza de Salin. O avançado brasileiro assinou uma boa exibição frente ao Sporting com um golo e podia ter feito mais. Sempre muito inteligente nas movimentações, Dyego Sousa teve em Coates um adversário à altura.
Marcelo Goiano: O lateral direito do SC Braga teve de lidar com uma forte oposição num corredor leonino constituído por Nani e Acuña. A dupla leonina é de respeito, mas nem por isso Goiano de intimidou com um total de oito desarmes, cinco intercepções e cinco bloqueios de passe.
Coates: Mais uma exibição de alto nível do central internacional uruguaio. A jogar ao lado de André Pinto voltou a ser o 'patrão' da defesa do Sporting. Com um total de quatro duelos aéreos ganhos em cinco ocasiões, Coates deixou ainda a marca de quatro desarmes aos adversários. Podia ter feito o golo do empate.
Salin: Gigante entre os postes. O guarda-redes francês do Sporting voltou a ser uma barreira difícil de transpor à imagem do que aconteceu no 'dérbi' da Luz. Negou o golo em diversas ocasiões a Dyego Sousa e só não conseguiu impedir o golo do SC Braga devido à rapidez da jogada.
Os piores:
Gudelj: Depois da titularidade na Liga Europa frente ao Qarabag, o médio sérvio voltou às contas de José Peseiro e jogou de início em Braga. Apesar dos bons pormenores técnicos, Gudelj foi pouco eficaz na ligação do meio campo ao ataque e foram poucas as jogadas de perigo que saíram dos seus pés.
Claudemir: Perante a ausência de João Palhinha, Abel Ferreira lançou Claudemir no lugar do jogador emprestado pelo Sporting. O médio brasileiro não comprometeu a estratégia do SC Braga mas foi incapaz de dar à equipa outro tipo de abordagem aos lances que João Palhinha certamente resolveria de outra forma.
Reações
Dados GoalPoint
- Arranque de jogo muito animado, com ligeiro ascendente leonino (52% de posse) no primeiro quarto de hora. O primeiro remate do jogo surgiu apenas aos 16 minutos, após bom lance do “leão” Raphinha, mas a bola saiu um pouco por cima da baliza de Tiago Sá.
- Jogo intenso, táctico e muito disputado, com o Sporting a chegar à meia-hora com maior domínio (57% de posse), mas apenas um remate, o de Raphinha que falámos anteriormente. Os minhotos apostavam nas transições e registavam três disparos nesta fase, um enquadrado, todos eles de fora da área – “leões” muito bem nos momentos defensivos.
- Muito bem Sebastián Coates a contribuir para essa consistência leonina. O uruguaio somava três duelos aéreos defensivos ganhos nesta fase, nos quatro em que participara, e ainda três alívios. Marcelo Goiano era o melhor do Braga, já com oito acções defensivas, entre elas três desarmes.
- A intensidade do jogo não permitia uma grande qualidade no passe, com o Braga a não passar dos 71% de eficácia e o Sporting dos 77% por volta dos 40 minutos. Mas emoção não faltava ao jogo, apesar de escassearem as ocasiões de golo.
- O reatamento trouxe mais do mesmo, com a diferença que, chegada a hora de jogo, o Braga apresentava mais posse de bola (55%) desde o descanso. Contudo, nestes 15 minutos, apenas dois remates, um para cada lado. As equipas continuavam encaixadas e a anularem-se mutuamente, ao ponto de o Sporting não passar dos 60% de eficácia de passe e o Braga de 71%.
- O jogo acabou por ser desbloqueado aos 67 minutos. Eduardo, lançado poucos minutos antes por Abel, fugiu pela esquerda, cruzou atrasado e o goleador do Braga, Dyego Sousa, desviou para o fundo da baliza sportinguista. Um tento ao nono remate bracarense, quarto no segundo tempo, num total de quatro enquadrados.
- Excelentes os “arsenalistas” a cortarem as vias mais perigosas para a sua baliza. O Sporting chegou aos 80 minutos com mais um remate que o seu adversário no segundo tempo (6-5), mas sem conseguir enquadrar nenhum deles.
- Muito bem Jovane Cabral aos 88 minutos, a passar por toda a gente a flectir para o meio e a rematar para grande defesa de Tiago Sá. O jovem extremo veio dar mais ânimo ao futebol leonino nos últimos minutos. Mas os minhotos aguentaram firme a pressão final do Sporting e arrecadaram os três pontos.