A Polícia Judiciária solicitou os extractos bancários dos funcionários judiciais suspeitos de passar informações confidenciais a Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, e encontrou vários depósitos em dinheiro e transferências cuja origem não foi identificada.

Segundo escreve o jornal Correio da Manhã, durante a investigação no processo e-Toupeira, os inspetores da Polícia Judiciária solicitaram os extractos bancários dos funcionários judiciais suspeitos de enviarem informação a Paulo Gonçalves com o objetivo de encontrar factos susceptíveis de enquadrar o crime de corrupção.

De acordo com a informação veiculada pelo referido diário, as autoridades encontraram transferências e depósitos em quantias entre os 10 e os 20 mil euros nas contas de José Augusto Silva e Júlio Loureiro.

Depois de serem analisadas três contas bancárias de José Augusto Silva, a Polícia Judiciária encontrou depósitos em dinheiro e transferências cuja origem não foi identificada sendo que no total, em 2017, entraram nesta conta mais de 10 mil euros.

Os inspectores não conseguiram identificar a origem do dinheiro pelo facto de muitos dos depósitos terem sido dinheiro vivo. Os dois arguidos serão confrontados com estes dados no interrogatório marcado para 13 e 14 de novembro.