Um estudo da Universidade de Leuven baseado em dados enviados pela Federação Portuguesa de Futebol ao International Board demonstra que a introdução de tecnologia no auxílio das equipas de arbitragens na temporada passada diminiu significativamente os erros dos juízes.

Segundo os dados do referido estudo publicados esta quinta-feira pelo jornal Record, houve um aumento da percentagem de acerto dos árbitros naquilo que são lances considerados da esfera de intervenção do vídeo-árbitro para 95,3%. De acordo com o estudo da Universidade de Leuven, em 314 jogos analisados em Portugal, a eficácia dos árbitros portugueses subiu de 89,8% sem vídeo-árbitro para 95,3% com auxílio da tecnologia enquanto que no contexto global o índice de eficácia dos árbitros está neste momento nos 98,3%.

Outro dado relevante apontado pelo referido estudo mostra que há um erro claro a cada 2,7 jogos em Portugal (na análise geral esse valor sobe para os 3,1) sendo que uma dessas situações ficou por corrigir por cada 5,7 encontros disputados no futebol português. No plano geral, há um erro por anular em cada 14,4 jogos.

Ao nível do impacto no futebol português, contaram-se 100 lances revistos e 76 com decisões alteradas, sendo que 45 das 100 revisões tiveram influência direta no resultado final sendo que 14% dos jogos que tiverem vídeo-árbitro acabaram por ter um desfecho diferente, uma percentagem mais elevada do que quando são analisados os números totais.