Luís Mendes, antigo vice-presidente de administrador da SAD do Benfica, concedeu uma entrevista exclusiva ao diário desportivo 'Record' onde, entre outros temas, explicou a sua saída dos encarnados no passado mês de junho.
"Estava em desacordo com o modelo de governance que estava a ser seguido. Uma organização que está a ser liderada por dirigentes, penso que vai conduzir, necessariamente, à existência de quintinhas, vai começar a seguir interesses particulares, interesses políticos e, provavelmente, vai começar a quebrar-se o elo entre os diversos departamentos", afirmou.
O antigo dirigente das águias deixou críticas à liderança de Rui Costa, começando pela política de contratações implementada.
"O presidente Rui Costa entendia e defendia que tinham de haver sempre três ou quatro contratações cirúrgicas por ano. Portanto, eu acho que só ele é que pode responder porque é que não está a conseguir implementar essa estratégia que ele próprio defende. A política expansionista de aquisição dos jogadores e de negociação dos prazos de pagamento dos próprios jogadores está a começar a ser perigosa", acrescentou.
Mendes acredita que o clube poderá voltar ao "tempo dos dinossauros".
"É ter a mandar aqueles que vão ao clube das 17 às 18 horas. No Benfica exige-se uma gestão profissional", atirou.
Em suma, Luís Mendes não considera Rui Costa um presidente adequado para o Benfica, acrescentando que este perderia as eleições para a liderança do clube, caso as mesmas se realizassem agora.
"Neste momento não o considero um bom presidente para o Benfica. Tem vindo a demonstrar uma incapacidade muito grande de decisão e isso, como se sabe, é fatal. Acho que se fossem hoje a eleições, perderia para qualquer candidato"
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