A Comissão Administrativa de Vitória de Setúbal presidida por Luís Lourenço, que se demitiu em 22 de janeiro de 2009, deixou apenas «15 dias de salários em atraso», disse à agência Lusa fonte daquele elenco diretivo.

Em declarações hoje publicadas no diário Correio da Manhã, nas quais o atual presidente do Vitória de Setúbal admite que alguns futebolistas não recebem desde julho, Fernando Oliveira afirma que, «quando esta Direção chegou, havia uma data de salários por pagar».

A fonte da Comissão liderada por Luís Lourenço frisa, no entanto, que, quando deixou o clube, em 22 de janeiro de 2009, «apenas havia 15 dias de salários em atraso, porque o de dezembro não estava pago e tinha vencido em 08 de janeiro», mas «as contas com o Fisco estavam em dia e os pagamentos à Segurança Social estavam um mês adiantados».

«Nós saímos em 22 de janeiro, mas a Comissão Administrativa de Fernando Oliveira só tomou posse em 07 de maio, pelo que houve um hiato diretivo: o Vitória esteve sem Direção três meses e nesse período não foram pagos salários. Mas Fernando Oliveira sabia de tudo, porque tinha estado nas reuniões do Conselho Vitoriano», disse a mesma fonte.

Essa Comissão Administrativa dirigiu o clube durante dois meses e meio, até à eleição de uma nova Direção, em 24 de julho de 2009, num ato ao qual concorreu uma única lista, encabeçada por Fernando Oliveira.

«Ele sabia bem de tudo. Como é que quase três anos depois anda a falar disso? Inclusive, Chumbita Nunes, que era advogado do Vitória de Setúbal na anterior Comissão Administrativa e sabia de tudo, fez parte da Comissão Administrativa de Fernando Oliveira e depois continuou como advogado do clube na atual Direção», sublinhou a fonte.