O ex-presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Augusto Baganha, considerou que Vítor Pataco, que o irá substituir na presidência do IPDJ, terá beneficiado o Benfica no âmbito do processo que recentemente levou à interdição do Estádio da Luz por uma partida.

"Quando se dá a interdição do campo, eu tive de avocar o processo. Tive necessidade disso. É algo que está na competência do meu ex-colega que agora vai ser presidente, mas fui eu que tive de avocar. Ele estava retido incompreensivelmente. Havia algo a ver com o cumprimento da lei. É que não pode haver aqui entidades beneficiadas... O que é facto é que eu tive de o fazer, tive de avocar o processo, pois a lei não estava a ser aplicada", disse em declarações à SIC Notícias.

"Ao reter esse processo o Benfica, de facto, beneficiou com isso, porque continuou e continuava a praticar a

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ilegalidade", acrescentou Baganha, admitindo ainda que se sentiu "traído" e "incomodado" pela forma como deixou o IPDJ.

Augusto Baganha mostrou-se ainda surpreendido por ter sido Vítor Pataco a suceder-lhe no cargo e prometeu recorrer à justiça para colocar providência cautelar contra secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo.

"Em parte foi uma surpresa, porque o Conselho Diretivo foi todo dissolvido. É apresentada uma fundamentação e há dois que não servem e dois que servem... Quem escolheu é que tem de justificar. Pode ser por serem pessoas com alguma postura ou atitude mais favorável... [ao Benfica?] Talvez!", disse ainda.

"Aquilo que se passa neste momento é que eu vou exercer o meu direito de defesa perante o caso. Isto não tem nada de pessoal é a defesa da minha honra e da minha dignidade profissional", referiu em declarações à Renascença, antes de admitir que pode apresentar queixa contra o secretário de Estado do Desporto.

“Pode passar. Nós exercemos o nosso direito, que foi recorrer do despacho do Sr. secretário de Estado com o que tem a ver com a dissolução do conselho diretivo do Instituto”, respondeu.