O novo treinador da União de Leiria, Manuel Cajuda, disse esta terça-feira que fixou a si mesmo uma meta mais ambiciosa do que a definida pela SAD, desejando terminar a Liga de futebol na primeira metade da tabela.

O técnico, que substituiu Vítor Pontes, admite que a recuperação da União de Leiria, penúltima classificada, «não vai ser fácil», mas mostra-se confiante:

«A direção pediu-me uma coisa: manter a Leiria na primeira divisão. Eu quando saí de casa hoje, exigi a mim mesmo ficar na primeira metade da tabela. Se não conseguir, não consigo. Mas vou tentar resolver, acima tudo, essas situações».

De regresso a Leiria, onde treinou em 1993/1994 e 2002/2003, Manuel Cajuda referiu que o convite foi “inesperado e surpreendente”, tendo aceitado o desafio «com o coração nas mãos».

«Se a União de Leiria me ajudou a crescer como treinador, não posso deixar a União de Leiria morrer por qualquer coisa. Voltei com o coração nas mãos. Sei que a situação é extremamente delicada e difícil, mas, por ser difícil, é que provavelmente fui convidado», afirmou.

Admitindo não conhecer «quase nada» da sua nova equipa, Manuel Cajuda acredita que a União de Leiria «está perturbada»:

«Acima de tudo é necessário ser paciente, inteligente, calculista. Há uma família para tratar, saber ouvir toda a gente. Já ouvi tanta coisa sobre a Leiria, mas eu digo que sim, é uma situação difícil. Mas é só subir um lugarzinho… Isso é uma coisa que se vai conquistar com o tempo».

Sobre o facto de substituir o seu antigo adjunto à frente da equipa leiriense, Manuel Cajuda assume que impôs como condição «falar com o Vítor Pontes para saber o que estava a acontecer».

«Se não houvesse acordo com o Vítor não assumiria o comando da União de Leiria. Ele terá sempre aqui uma porta aberta, acima de tudo porque é competente. Ele fez parte da equipa técnica que levou a União de Leiria à final da Taça. É um extraordinário treinador», sublinhou Cajuda.

As razões da saída de Vítor Pontes, que orientou a equipa 19 dias depois de ter substituído Pedro Caixinha, continuam desconhecidas.

O diretor-geral, Jorge Alexandre, considerou-as «assunto interno da SAD» leiriense.

«Foram explicados ao Vítor os motivos dessa decisão. Não há nada a dizer sobre isso. As relações pessoais e da SAD com o Vítor são as melhores e vão continuar a ser. Por vezes, temos de deixar de pensar com o coração e pensar com a cabeça. Foi isso que aconteceu», disse.

O presidente da SAD, João Bartolomeu, diz que a saída de Pontes “nada tem a ver com o trabalho dele” à frente da equipa.

«Não vai haver mais chicotadas psicológicas. Vítor Pontes não foi uma chicotada psicológica. Foi uma reunião de amigos e ele, em cinco minutos, compreendeu tudo o que lhe tínhamos para dizer», referiu.

Para João Bartolomeu, a equipa «está a ter um começo de época aquém das expetativas» e, por isso, frisou: «Temos de dar todos as mãos e pedir a Manuel Cajuda e equipa técnica para dar o máximo e fazer o que é possível dentro do plantel que temos. Há jogadores desmotivados, mas a experiência da equipa técnica dá-nos força e alento para termos esperanças».

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