A nova lei, aprovada terça-feira pelo comité executivo do organismo que rege o futebol europeu e que entrará em vigor dentro de três anos, impede a participação de clubes de gastem mais dinheiro do que aquele que geram, regra que teria afastado os três "grandes" nas últimas cinco épocas.

Em 2003/04, 04/05 e 05/06, o Benfica apresentou prejuízos de 5,917, 4,146 e 1,221 milhões de euros, respectivamente, algo que impediria os "encarnados" que competir nas provas europeias.

Nas duas épocas seguintes, clube da Luz conseguiu equilibrar as contas e exibiu 15,274 milhões positivos em 06/07 e 116 mil euros em 07/08.

Por seu lado, o FC Porto teve prejuízos em 04/05 e 05/06, com 1,1 e 30,5 milhões de euros negativos, respectivamente, mas obteve resultados positivos em 03/04 (24,8 milhões), 06/07 (2,3 milhões) e 07/08 (8 milhões).

O Sporting apenas por uma vez ficaria fora das provas europeias, devido ao exercício de 03/04, em que registou um resultado negativo de 9,222 milhões de euros.

Nas quatro temporadas seguintes, os "leões" apresentaram resultados positivos (54,67 milhões, em 04/05, 313 mil euros, em 05/06, 15,239 milhões, em 06/07, e 597 mil euros, em 07/08), e respeitaria a regra do "fair-play financeiro".

Contudo, no exercicio de 2008/09, conhecido hoje, a SAD do Sporting registou 13,5 milhões de euros de prejuízo, número que colocaria em risco a participação nas competições europeias, enquanto Benfica e FC Porto ainda não publicaram as contas da temporada transacta.

O princípio "fair-play financeiro" poderá vir a provocar uma verdadeira revolução no futebol europeu já que, se estivesse em vigor, impediria, também, a participação na Liga dos Campeões de clubes endividados como o Manchester United, o Inter de Milão, o Chelsea, o Liverpool ou o Real Madrid.