O FC Porto pode passar as festas descansado. A equipa de Sérgio Conceição vai terminar 2018 na liderança do campeonato, após vencer em casa o Rio Ave, por 2-1, na 14.ª jornada. Carlos Vinícius (12 minutos) adiantou os vilacondenses no marcador, mas Brahimi (16') e Marega (26') deram a volta ao resultado. Com este triunfo, os 'dragões' igualam o seu melhor registo de sempre, com 15 vitórias consecutivas em todas as competições, algo que o clube só tinha conseguido em 1984/85, então comandado por Artur Jorge.

Mas voltemos um pouco atrás. Danilo Pereira recuperou da lesão sofrida contra o Moreirense e manteve-se no onze portista, com Sérgio Conceição a fazer apenas uma alteração em relação à última jornada da Liga, com a entrada de Maxi Pereira e a consequente saída de Óliver. Quanto ao Rio Ave, o improvisado Augusto Gama, que rende José Gomes no comando técnico dos vilacondenses, aposta em Nélson Monte e Gabrielzinho nos lugares de Borevkovic e Galeno (está cedido pelos portistas), respetivamente.

Logo aos 2 minutos de jogo surgiu o primeiro sinal de perigo. Marega trabalhou bem pelo corredor direito e cruzou para o coração da área onde estava Soares. Valeu o corte providencial de Buatu. Pouco depois, o Rio Ave pediu grande penalidade sobre Nadjack, mas Tiago Martins mandou seguir.

A equipa vila-condense continuava a tentar importunar os homens de Sérgio Conceição e aos 12’ chegou mesmo ao golo: recuperação de bola de Tarantini, a entregar a Gelson Dala que depois coloca a bola em Carlos Vinícius. O avançado brasileiro contorna Casillas antes de enviar a bola para o fundo da baliza portista. Nos últimos cinco jogos, é a quarta vez que o FC Porto sofre primeiro.

No entanto, o FC Porto precisou apenas de três minutos para igualar o duelo, numa jogada que começou e acabou em Brahimi. O argelino (16’) abriu para Corona na direita, o mexicano cruzou para a área onde estava Soares, a ganhar de cabeça e a servir o camisola 8, que só teve de encostar.

O golo de Brahimi e a saída prematura de Gelson Dala – lesionou-se num lance com Alex Telles, tendo sido rendido por Jambor – fizeram descer o rendimento do Rio Ave. A equipa de Vila do Conde deu espaço em demasia aos dragões e não foi com grande espanto Marega virou o resultado para os ‘azuis e brancos’ ainda antes da meia hora de jogo. O avançado maliano (25’) recebeu a bola de Maxi Pereira e aguentou a pressão de Nélson Monte antes de desviar a bola de Léo Jardim.

Até ao intervalo notou-se um Rio Ave em crescendo - e algumas dificuldades na transição defensiva por parte do FC Porto - , mas foi de Corona a melhor oportunidade na reta final do primeiro tempo, a atirar ao ferro (45') já depois de Léo Jardim defender uma primeira bola de Marega.

A segunda parte arrancou logo com Casillas a responder bem a um remate de Carlos Vinícius, mas já tinha sido assinalado fora de jogo ao avançado do Rio Ave. Respondeu o FC Porto com Corona (48') a desviar ao lado da baliza vilacondense, após excelente cruzamento de Brahimi, e Soares a cabecear por cima, dois minutos depois.

Os vilacondenses não encolheram os ombros e continuaram à procura do empate, que esteve perto de acontecer aos 59 minutos: Fábio Coentrão (muito assobiado ao longo da partida) cruzou para o segundo poste onde estava Tarantini pronto para encostar, mas valeu o corte de Alex Telles no limite, a afastar para canto. Imperial.

Já numa fase menos intensa do encontro, Sérgio Conceição aproveitou para lançar Óliver Torres para o lugar de Corona (72') e Hernâni entrou na reta final para o lugar de Tiquinho Soares. Aos 75' Marega surgiu nas costas de Matheus Reis a rematar de primeira, apóx cruzamento de Alex Telles, mas a bola saiu torta e ao lado da baliza de Léo Jardim.

Aos 84', já com Murilo em campo (substituiu Murilo), foi o Rio Ave a mostrar que estava vivo no jogo: Vinícius conseguiu ganhar a frente a Felipe, de costas para a baliza, aplicando depois um remate cortado pelo defesa do FC Porto. Na sobra, Coentrão rematou para fora. O lateral do Rio Ave acabou por ser expulso no período de compensação, após uma reação a quente com Maxi Pereira. E o FC Porto venceu, pela 15.ª vez seguida.