O campeonato nacional arranca finalmente esta noite, com o jogo entre o recém-promovido Tondela e o Sporting a abrir as hostilidades. Contudo, desde o final da época passada está a ser disputado um outro ‘campeonato’ tão ou mais competitivo: o mercado de transferências. Aqui, quem dita a lei é inegavelmente o FC Porto.
O emblema da Invicta bate Benfica e Sporting, ao gastar quase tanto como os dois rivais lisboetas juntos. Com efeito, os dragões investiram já cerca de 25,5 milhões de euros em aquisições para o plantel de Julen Lopetegui.
Se é verdade que o médio francês Imbula representa a ‘fatia de leão’ deste investimento, tendo custado 20 milhões de euros, não é menos verdade que as grandes contratações do clube passaram por jogadores que estavam livres para assinar. Casillas, Maxi Pereira, Bueno e Osvaldo são alguns dos rostos mais visíveis nesta categoria. A estes nomes juntam-se ainda Danilo Pereira, André André, Sérgio Oliveira, Cissokho e o regressado Varela, num total de 10 novos jogadores.
Atrás do FC Porto surge o bicampeão Benfica, que só agora parece estar a entrar ‘a sério’ neste campeonato. Com 18,75 milhões de euros gastos até ao momento, o clube da Luz procura dotar o grupo comandado por Rui Vitória de soluções capazes de rivalizar com os dois adversários.
A chegada do avançado mexicano Jiménez ‘consumiu’ nove milhões de euros e foi claramente o mais caro entre os 11 reforços que por agora ainda têm lugar no plantel: Carcela, Mitroglou, Bilal Ould-Chikh, Ederson, Taarabt, Marçal e os jovens promovidos da da equipa B – Nélson Semedo, Lindelof, João Teixeira e Nuno Santos. E importa não esquecer que o Benfica contratou ainda Pelé, Murillo e Diego Lopes, mas o trio chegou e saiu já por empréstimo nesta nova temporada.
Mais económico que os rivais, o Sporting não deixou de apostar forte nesta época. Uma aposta em contratações cirúrgicas de jogadores veteranos que conseguiram abrir caminho à saída dos respectivos clubes, como Bryan Ruiz, Naldo ou Téo Gutierrez, que apesar disso ainda custou 3,5 milhões de euros, o mesmo valor pago pelo jovem Bruno Paulista.
Ao todo entraram 11 novos jogadores no plantel leonino, num investimento global de 10 milhões de euros. Todavia, a grande contratação dos leões vai ficar no banco de suplentes e chama-se Jorge Jesus. Depois de seis anos de sucesso no rival Benfica, o experiente técnico tem a missão de repetir a proeza em Alvalade.
A vender não há como o FC Porto
A tradição de vender bem já vem do passado e o FC Porto mostrou uma vez mais neste defeso que a tradição ainda é o que era. Os cofres portistas vivem um dos mercados mais ricos dos últimos anos, tendo já encaixado 85,2 milhões de euros. E mais podem entrar, pois há jogadores que são ainda ‘transferíveis’.
Jackson Martinez rendeu 35 milhões e Danilo permitiu encaixar 31,5 milhões de euros, no que constituíram duas das melhores vendas da história do FC Porto. A este duo juntaram-se ainda as saídas de Casemiro, Carlos Eduardo, Kléber e Quaresma.
Tal como nas contratações, o FC Porto ‘goleia’ Benfica e Sporting nas receitas de transferências, uma vez que os bicampeões nacionais faturaram 46,5 milhões (João Cancelo, Ivan Cavaleiro, Funes Mori, Lima, Sulejmani e Benito) e os leões apenas nove milhões (Cédric, Sarr e Miguel Lopes).
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