O FC Porto nega que as buscas de que foi alvo esta quinta-feira estejam relacionadas com corrupção. Os Dragões garantiram que a presença da Polícia Judiciária no Centro de Treinos no Olival surgiu "no âmbito de uma investigação que tem por objeto o resultado do teste à Covid-19 necessário para a viagem realizada em janeiro de 2021 por um jogador do seu plantel principal".

Num comunicado partilhado nas suas plataformas digitais, os Dragões negam que a operação das autoridades judiciais tenha a ver com negócios entre o FC Porto e o Portimonense, numa operação que visaria alegada corrupção desportiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

No texto, os azuis e brancos criticam a "inaceitável intoxicação da opinião pública" e questionam "o próprio aparelho judicial que não consegue evitar que as televisões cheguem antes dos seus próprios agentes aos locais de investigação".

Eis o comunicado do FC Porto na íntegra

"A Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD repudia a avalanche de falsas notícias que, desde a manhã de hoje, tomaram conta do espaço mediático a reboque das habituais especulações de meios televisivos que, em nome das audiências, se habituaram a produzir este tipo de lixo tóxico.

Mas não é apenas a guerra das audiências que justifica esta inaceitável intoxicação da opinião pública, uma vez que, como hoje voltamos a comprovar, é o próprio aparelho judicial que não consegue evitar que as televisões cheguem antes dos seus próprios agentes aos locais de investigação.

Assente a poeira matinal, a Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD reafirma que decorreram buscas nas suas instalações e no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no âmbito de uma investigação que tem por objecto o resultado do teste à COVID-19 necessário para a viagem realizada em janeiro de 2021 por um jogador do seu plantel principal."

A Polícia Judiciária lançou na manhã desta quinta-feira uma operação relacionada com suspeitas de falsificação de testes de COVID-19 no futebol.

O Ministério Público explica, em comunicado, que "na origem desta investigação está uma viagem de avião, para o estrangeiro, realizada por jogador de futebol profissional alegadamente infetado com COVID-19".

"Um ato atuação suscetível de configurar a prática de crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário, previsto e punido com pena de prisão de um a oito anos", pode-se ler no comunicado.

De acordo com a Ministério Público, foram feitas "cerca de uma dezena de buscas designadamente domiciliárias e a laboratórios de análises clínicas" no Algarve e no Porto.

A operação 'Covid free' contou com magistrado Judicial, magistrados do Ministério Público e elementos da UNCC, da Polícia Judiciária e ainda um elemento do INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge "para pesquisa, análise e eventual apreensão de documentação e outra matéria probatória, a ser posteriormente analisada".

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