
O FC Porto venceu este domingo o Estoril-Praia por 1-2, em jogo da 27ª jornada da Primeira Liga. Apesar de se terem apanhado em desvantagem nos primeiros minutos, graças a uma grande penalidade de Begraoui, os dragões conseguiram reagir e chegaram ao empate em cima do intervalo, também de penálti, por Samu.
Na segunda parte, os estorilistas, inofensivos na primeira parte, tentaram chegar mais vezes junto da baliza de Diogo Costa; contudo, os azuis e brancos souberam anular as iniciativas ofensivas do adversário, e contaram lá à frente com a magia de Rodrigo Mora, que resolveu a partida com um grande golo.
Com esta vitória, Martín Anselmi consegue pela primeira vez somar dois triunfos consecutivos enquanto treinador do FC Porto, recolocando os dragões no terceiro lugar. Já o Estoril somou novo jogo sem ganhar, caíndo para o oitavo lugar.
Castigos máximos
Perante os resultados positivos da ronda anterior, os dois treinadores resolveram manter os mesmos onzes inciais, Assim, e tal como contra o AVS, Martín Anselmi manteve Eustáquio no trio de centrais, ao lado de Nehuén Pérez e Marcano.
Após primeiros minutos de jogo muito divididos, foi preciso chegar aos seis minutos para ver o primeiro lance de perigo, quando Pepê conseguiu isolar-se, mas Bouma recuperou e fez o corte 'in extremis', negando o golo ao brasileiro.
Os dragões iam conseguindo contrariar a pressão alta dos estorilistas, explorando as costas da linha defensiva do adversário para criar perigo; Fábio Vieira fugiu pela direita aos nove minutos, mas o remate saiu fraco para as mãos de Chamorro.
A formação portista dominava, mas quem marcou foi mesmo o Estoril. Aos quinze minutos Hélder Malheiro assinalou grande penalidade após uma mão de Marcano dentro da área; dos onze metros, Begraoui não desperdiçou e inaugurou o marcador.
Com o golo marcado, os canarinhos recuaram um pouco mais o bloco, não pressionando de forma tão efetiva no seu meio-campo ofensivo. Já o FC Porto procurava a fantasia de Rodrigo Mora e Fábio Vieira para tentar quebrar linhas e encontrar espaços junto da área adversária.
Contudo, os homens de Anselmi não conseguiam ameaçar as redes estorilistas, mostrando muitas dificuldades em criar situações de perigo no último terço ofensivo. Exemplo é o remate de longe por parte de Fábio Vieira aos 24 minutos, que saiu muito ao lado; só aos 38 minutos é que os azuis e brancos criaram uma verdadeira oportunidade, quando Rodrigo Mora fugiu pela esquerda, mas o remate do jovem portista esbarrou em Chamorro.
Este lance deu o mote para os minutos finais da primeira parte, onde o FC Porto esteve mais perigoso no ataque. Os dragões acabaram por ser recompensados com o golo do empate; mão de Holsgrove dentro da área e Samu Aghehowa a fazer o golo da igualdade, um resultado que se justificava no final da primeira parte.
Já lá Mora
Para a segunda parte, Ian Cathro lançou o avançado Alejandro Marqués, deixando o central Kevin Bouma nos balneários, desfazendo assim o trio de centrais. Os estorilistas entraram agressivos em termos ofensivos, rematando por duas vezes nos primeiros quatro minutos; o último tiro, de Guitane, obrigou Diogo Costa a aplicar-se.
Apesar da boa entrada, o FC Porto voltou a tomar conta do jogo, tendo agora mais espaço entre linhas para jogar, já que o Estoril não se encolhia e continuava a pressionar no meio-campo ofensivo. Pese embora termos um jogo mais aberto e dividido, os dragões continuavam com dificuldades para criar verdadeiras oportunidades.
Contudo, quem tem jogadores como Rodrigo Mora arrisca-se a ver essa situação alterada de um momento para o outro. Aos 65 minutos, o jovem jogador portista tratou de volta ao marcador em grande iniciativa individual; má saída do Estoril e o '86' a combinar com Francisco Mora, a tirar dois do caminho, e a fazer um excelente golo.
Logo a seguir, Ian Cathro tratou de refrescar a equipa com as entradas de Fabrício, Pedro Carvalho e Zanocelo para os lugares de Guitane, Wagner Pina e Begraoui. Martín Anselmi não tardou a responder, lançando Gonçalo Borges e André Franco para as saídas de Pepê e Fábio Vieira.
Com o avançar do relógio, os estorilistas começaram a pagar a fatura da pressão alta da primeira parte, mostrando pouca capacidade e energia para reagir à desvantagem; pouco ameaçado junto da sua baliza, os dragões aproveitavam o espaço para lançar rápidas transições ofensivas em busca do terceiro golo.
O Estoril mostrava vontade de tentar ainda o empate, uma ideia reforçada pelas alterações de Ian Cathro, contudo os portistas iam conseguindo neutralizar as iniciativas canarinhas, controlando a partida até final.
Com esta vitória, o FC Porto soma agora 56 pontos, regressando ao terceiro lugar, ficando a nove do primeiro lugar. Do lado estorilista, a derrota leva à queda para o oitavo lugar da tabela, tendo sido ultrapassado pelo Famalicão.
Comentários