Nos primeiros 45 minutos, o FC Porto esteve longe de ser aquela equipa dominadora que se mostrou perante o Benfica na Supertaça.

A Naval povoava bem o meio-campo e Hugo Machado era o distribuidor de jogo, o principal responsável pela boa circulação de bola evidenciada pela equipa figueirense.

O FC Porto não conseguindo através de jogo corrido chegar com perigo à baliza de Salin, recorria aos lances de bola parada, muitos deles bem estudados mas que, por uma razão ou por outra, não eram concluídos com êxito.

Hulk e Falcao dispuseram das melhores oportunidades mas a bola saía sempre ao lado. Só Belluschi conseguiu pôr à prova Salin e este respondeu com uma boa intervenção.

Nos últimos minutos da primeira parte, a história já era outra e o FC Porto passou a dominar a partida, algo que se prolongou até ao final do jogo.

Hulk era a unidade mais do FC Porto. O jogador brasileiro fazia valer a sua velocidade, a sua compleição física, o seu poder de drible e o seu forte remate para levar às costas um FC Porto pouco inspirado. Foi nos seus pés que os azuis-e-brancos tiveram a melhor oportunidade do jogo no segundo tempo. O avançado apareceu isolado, conseguiu desviar a bola de Salin, mas esta saiu ao lado da baliza da Naval.

Belluschi também deu um ar da sua graça em dois remates muito perigosos, mas nas duas ocasiões o guardião francês resolveu da melhor forma.

O FC Porto sufocava a Naval 1º de Maio, mas não bastava criar oportunidades, era preciso concretizá-las com êxito e os homens de André Villas-Boas não o estavam a conseguir.

O técnico do FC Porto fez duas alterações. Tirou Varela e Belluschi e fez entrar Guarín e Cristian Rodríguez, mas as duas substituições não tiveram grande influência no fio de jogo da sua equipa.

A Naval não conseguia sair da sua área e da única vez que o fez em contra-ataque, João Pedro surgiu isolado perante Helton mas demorou tanto na hora de rematar que acabou por permitir o corte de Álvaro Pereira.

Perante a forma como decorria o jogo, aos 82 minutos, caiu uma grande penalidade do céu para o FC Porto que acabou por permitir que a equipa portuense chegasse à vantagem.  Jonathas toca na bola com a mão dentro da área e o árbitro Paulo Baptista não teve dúvidas em assinalar a marca da grande penalidade. Hulk, chamado à conversão, rematou em força e fez o primeiro golo da partida.

O encontro foi decorrendo calmamente até ao fim, sem lances de perigo de ambas as partes. O FC Porto manteve o seu domínio, mas sem conseguir voltar a marcar. A Naval e o seu técnico pareceram, a partir de certa altura, estarem conformados com o resultado e nada fizeram para inverter o placard.

O FC Porto entra assim com uma vitória na primeira Liga de futebol, época 2010/11.