O FC Porto apresentou esta sexta-feira o Relatório e Contas da época 2014/2015. Os "dragões" tiveram um lucro de quase 20 milhões de euros, depois de terem apresentado um prejuízo 40,7 milhões de euros na época 2013/2014.

Os números apresentados permitem concluir que a formação azul-e-branca gastou quase 70 milhões de euros em custos com pessoal ao longo da última temporada (jogadores, técnicos e administração). É um valor recorde no clube que na época passada tinha custos com pessoal no valor de 48,8 milhões.

Para estas contas não entram os 26 milhões de euros pagos pela Juventus para levar Alex Sandro. A venda do lateral esquerdo do FC Porto só entrará nas contas de 2015/2016.

A SAD azul-e-branca conseguiu 119 milhões de euros em vendas, dos quais 82,5 por cento representam mais-valias. No que toca aos prémios da UEFA, os dragões passaram dos 9,5 milhões angariados em 2013/14 para os 36,1 milhões da última temporada, sendo que neste bolo a SAD já incluiu o prémio relativo à entrada na fase de grupos da atual edição da Champions.

Sem a venda de jogadores, o FC Porto apresentaria um resultado negativo de SAD de 16,7 milhões de euros negativos e teria de repensar o seu modelo, como afirmou Fernando Gomes, administrador da SAD.

"O FC Porto como empresa seria inviável [sem a venda de jogadores], teria de se reestruturar e reduzir custos, mas os proveitos resultantes da transação de passes e nas provas da UEFA contam decisivamente para estes bons resultados", afirmou, durante a apresentação do Relatório e Contas.

A sociedade aumentou o capital próprio consolidado para os 83 milhões de euros, devido ao aumento do capital social em 37,5 milhões de euros e à integração da EuroAntas na SAD. O ativo consolidado passou dos 200 para os 359 milhões de euros e o passivo aumentou dos 233 para os 276 milhões de euros, muito por culpa da integração da EuroAntas na SAD, que resultou na incorporação do Estádio do Dragão.

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