O FC Porto lamentou hoje "profundamente" o processo disciplinar ao argelino Yacine Brahimi levantado na quinta-feira pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O presidente da CD da FPF, José Manuel Meirim, abriu na quinta-feira um processo disciplinar a Brahimi, por alegada agressão do argelino a um jogador do Desportivo de Chaves, na primeira jornada da I Liga, e já depois de a Comissão de Instrutores da Liga de clubes ter arquivado a queixa do Benfica.
"Esta manifestação do CD, contrária à perspetiva da Comissão de Instrutores da Liga, parece surgir em linha com a denúncia pública do Sport Lisboa e Benfica, a qual assenta numa dupla negação da realidade, construída em cima de uma verdade alternativa, a de que o nosso atleta não foi punido com cartão vermelho porque o árbitro e o VAR [videoárbitro] não viram", referem os 'dragões', em comunicado.
O FC Porto lembra que o presidente do CD da FPF tinha "dito publicamente que nunca seria um terceiro VAR do futebol português", considerando que esta decisão "atesta bem que as posições do Sport Lisboa e Benfica têm eco e coro em processos que deveriam ser neutros para a justiça desportiva".
Para os 'azuis e brancos', "resulta claro para todos (os que assistiram ao jogo e os que analisaram e comentaram em todas as televisões, à exceção da Benfica TV) que o árbitro seguiu o lance de muito perto" e viu "todos os episódios da interação" de Brahimi com o jogador do Chaves.
"E outro tanto terá sucedido com o VAR, que, conforme todos sabemos, só poderia intervir caso descortinasse uma qualquer situação para exibição de cartão vermelho", lê-se.
O FC Porto considera que "a Comissão de Instrutores da Liga apreciou os factos da mesma forma que as equipas de arbitragem", dizendo que esta decisão reforça "a ideia de que a abertura de um processo disciplinar resulta mais da guerra mediática que o Sport Lisboa e Benfica montou em torno da sua queixa".
Na quinta-feira, após conhecer a decisão da Comissão de Instrutores, o vice-presidente do Benfica Varandas Fernandes disse que o arquivamento do processo é um “verdadeiro escândalo”, deixando evidente que o clube “não se vai calar”.
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