O FC Porto terminou a época passada sem revalidar o título da I Liga de futebol e com a saída anunciada de jogadores-chave da equipa, obrigando Sérgio Conceição a reconstruir o plantel e fazer uma aposta incerta na formação.

Iker Casillas, por questões de saúde, Éder Militão, Felipe e Óliver, vendidos, Herrera e Brahimi, a custo zero, foram as peças fulcrais que abandonaram o Dragão, depois de um dececionante segundo lugar, quando a meio da temporada os portistas já pareciam saborear a revalidação do título e nova entrada direta na Liga dos Campeões.

Também a última partida da época terminou em desaire e ‘abanou’ os ‘dragões’, na derrota perante o Sporting, na final da Taça de Portugal, por 5-4 nas grandes penalidades, depois do empate 2-2 no final do prolongamento, jogo que marcou a despedida já anunciada da maioria daqueles jogadores, menos Óliver Torres.

O espanhol era opção rotativa no ‘onze’ de Conceição e, com a possibilidade de agarrar a vaga deixada pelo ‘colchonero’ Herrera, partiu para Sevilha, deixando o FC Porto com o regressado Sérgio Oliveira como opção imediata e Bruno Costa à espreita, tendo investido no mercado ao contratar o colombiano Mateus Uribe.

As saídas na defesa de três titulares indiscutíveis obrigaram a nova investida, com o regresso de Iván Marcano e as contratações do lateral direito Renzo Saravia e do guarda-redes Agustín Marchesín, apesar de jovens como Tomás Esteves, Diogo Costa, Diogo Leite e Diogo Queirós terem integrado o estágio com a equipa principal e os dois primeiros a terem dado bons sinais.

No ataque, os reforços Shoya Nakajima e Zé Luís parecem prontos para entrar na equipa titular dos ‘dragões’, com o recém-contratado Luis Díaz e os jovens Romário Baró e Fábio Silva a darem boas indicações, apesar de ainda pairar a dúvida sobre a continuidade de Moussa Marega.

Um dos momentos da pré-temporada aconteceu quando Danilo, o novo capitão, se envolveu numa alegada discussão com Sérgio Conceição e terá sido dispensado do estágio, uma situação resolvida no dia seguinte.

Nos jogos de preparação, o saldo de oito vitórias, um empate e a derrota com o Mónaco (1-0), no jogo de apresentação aos adeptos, mostra consistência vitoriosa, mas inconsistência performativa, com algumas goleadas a adversários inferiores e triunfos pela margem mínima com equipas mais competitivas.

No primeiro jogo oficial, o FC Porto venceu no terreno do Krasnodar, por 1-0, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, começando o campeonato, no sábado, com uma deslocação a Barcelos, para enfrentar o regressado Gil Vicente, uma visita tradicionalmente complicada para os ‘azuis e brancos’.