O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) julgou como improcedente o protesto do FC Porto, que visava a repetição do encontro diante do Arouca, da quarta jornada da I Liga, que terminou empatado 1-1.

De acordo com o acórdão divulgado hoje através do sítio oficial da FPF na Internet, que está datado de 19 de outubro, o órgão federativo determinou “a não anulação do jogo e a sua não repetição”, opondo-se à tese defendida pelos ‘dragões’, que tinham apresentado uma solicitação igual aos delegados da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Os argumentos do FC Porto para protestar e pedir repetição do jogo com o Arouca
Os argumentos do FC Porto para protestar e pedir repetição do jogo com o Arouca
Ver artigo

Em 03 de setembro, após a igualdade na receção ao Arouca, o FC Porto anunciou, em comunicado, que ia protestar esse desafio, devido à atuação do árbitro Miguel Nogueira durante a reversão de uma grande penalidade assinalada por falta sobre Mehdi Taremi.

Alertado pela equipa de videoarbitragem (VAR) para conferir as imagens do lance, que aconteceu aos 90+6 minutos, quando os visitantes venciam por 1-0, o ‘juiz’ deparou-se com alegadas dificuldades técnicas, contactou via telefónica Rui Oliveira, o VAR da partida, e chamou os treinadores de cada equipa para transmitir a sua decisão final.

“Essa ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do jogo”, referiu, na altura, o FC Porto.

Futebol português virou meme após o FC Porto-Arouca. Imprensa internacional fala em "cena insólita"
Futebol português virou meme após o FC Porto-Arouca. Imprensa internacional fala em "cena insólita"
Ver artigo

No acórdão, o CJ da FPF reconhece que Miguel Nogueira “não violou os objetivos e os princípios do VAR nem as leis de jogo”, descartando que houvesse “erro de arbitragem”.

Em causa esteve, de acordo com o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, uma falha de energia do VAR entre os 87 e os 90+11 minutos da partida, tendo o respetivo suporte de reserva ficado esgotado, versão reforçada pela Altice, mas negada pela FC Porto SAD.

Em 04 de setembro, no dia seguinte ao duelo, a LPFP informou que ia pedir ao Conselho de Disciplina (CD) federativo a instauração de um processo de inquérito a esse ‘apagão’ de 14 minutos do sistema de videoarbitragem verificado no Estádio do Dragão, no Porto.

Depois desse episódio, o FC Porto dispôs de mais uma grande penalidade, que o luso-brasileiro Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, com o brasileiro Evanilson a repor a igualdade, aos 90+19, após o espanhol Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.

*Artigo atualizado