O FC Porto emitiu esta segunda-feira um comunicado onde "repudia veementemente" as declarações de Francisco Seixas da Costa sobre Sérgio Conceição. O antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus e embaixador no Brasil chamou "javardo" ao treinador dos 'dragões', numa publicação nas redes sociais que mereceu fortes críticas.

O clube portuense não ficou indiferente a estas declarações que, afirma o FC Porto, "desqualificam mais quem as proferiu do que quem foi alvo dos insultos."

Leia o comunicado do FC Porto:

"A Administração da FC Porto, Futebol SAD repudia veementemente as declarações de Francisco Seixas da Costa, antigo embaixador e secretário de Estado dos XIV e XV Governos Constitucionais, que recorreu ao Twitter para descrever Sérgio Conceição como "um javardo", assim como todos "os adeptos do FCP que se reveem no seu estilo".

Se declarações deste género são inaceitáveis em qualquer contexto e seja qual for o seu autor, tornam-se mais graves quando quem as profere é uma figura com as responsabilidades públicas que Francisco Seixas da Costa já assumiu em diversas ocasiões.

Por esse motivo, estas palavras desqualificam mais quem as proferiu do que quem foi alvo dos insultos, para além de constituírem mais um fator de desprestígio das elites políticas portuguesas."

Recorde-se que o antigo embaixador já veio admitir que exagerou nas críticas a Sérgio Conceição.

"Gerou-se por aí uma indignação “azul” pelo facto de eu ter qualificado o comportamento do treinador do Futebol Clube do Porto, numa reação instantânea no Twitter, com palavras duras e que, com serenidade, reconheço que foram exageradas. Confesso que, de há muito, me desagrada bastante o modo como figuras de relevo do nosso futebol se comportam em público, dando mostra de uma imensa falta de respeito pelos adversários, servindo de exemplos negativos que ajudam à degradação do nosso futebol. A minha reação, neste caso particular, como já aconteceu face a atitudes de pessoas de outros clubes, entre os quais o meu próprio clube, foi a expressão extrema dessa minha indignação. Mas não me custa reconhecer que os termos não terão sido os mais felizes", escreveu Seixas da Costa.