A temporada 2015/16 foi desastrosa para o FC Porto a nível desportivo e isso teve implicações diretas nas contas do clube. Segundo o relatório e contas enviado à CMVM, o FC Porto teve na época em questão os maiores prejuízos de sempre.

De acordo com o documento, os 'dragões' tiveram um prejuízo de 58,4 milhões euros, explicados com a "diminuição dos resultados com transações de passes de jogadores" e com a "quebra das receitas de participação nas provas europeias". Além disso, um fator relevante foi também o "pagamento de indemnizações às equipas técnicas lideradas por Julen Lopetegui e José Peseiro".

Com este prejuízo, o passivo total do FC Porto aumentou para 349,181 milhões de euros, o que significa um aumento de 73,049 milhões em relação à época anterior. Já o ativo aumentou para os 375,045 milhões "devido ao aumento do valor contabilístico do plantel que atinge os 90,625 milhões de euros no final do exercício".

Pinto da Costa, presidente do clube, admite que "a época a que se refere este exercício não correu bem" e ainda que "desportivamente a equipa de futebol ficou muito aquém das nossas expectativas e do valor 'per si' dos nossos jogadores".

No entanto, o líder do clube 'azul-e-branco' garante estar confiante num futuro positivo.

"Acreditamos firmemente estarmos a iniciar um novo período de sucesso, à imagem do que ciclicamente aconteceu no passado. Para isso, assumindo as consequências nos resultados do exercício, optámos por manter todos os jogadores considerados nucleares para a nova época e certamente já esta temporada retiraremos os dividendos desportivos e financeiros desta estratégia".