Francisco J. Marques veio a terreno negar que o FC Porto esteja impedido de realizar contratações de jogadores. O diretor de comunicação dos azuis-e-brancos respondeu a Fernando Seara, antigo vice-presidente do Benfica, que afirmou, na BTV, que o FC Porto estava impedido de contratar jogadores devido às limitações impostas pela UEFA.
"É mentira que o FC Porto não possa contratar jogadores devido ao fair play financeiro. O que as regras dizem é que o FC Porto pode gastar exatamente o mesmo que fizer em transferências. Na época passada fez 63 milhões de euros e podia ter gasto o mesmo valor. Não o fez por uma decisão da administração", começou por explicar, antes de confirmar a venda de Boly ao Wolverhampton.
"Neste preciso momento em que estou a falar o FC Porto já pode gastar 34 milhões de euros. O FC Porto já tem 22 milhões de euros garantidos de Ricardo Pereira, dado que vendeu por 20 mas dois já estão garantidos. Mais os 12 milhões de euros de Boly. Não quer dizer que vá gastar, mas já pode. Querem sempre passar a ideia de que o FC Porto está refém do 'fair-play financeiro'. Não é verdade. Teve um aperto, mas está a sair dele graças às medidas da administração que resultaram muito bem", frisou o dirigente, garantido que os 'dragões' estarão tão ou mais fortes na próxima época.
"Vamos ter uma equipa tão ou mais forte do que a que tivemos este ano. Vamos entrar com as mesmas ambições, ou talvez um pouco mais porque existe outra estabilidade e já há um ano de trabalho do treinador que deve permitir que se cresça um bocadinho", assegurou, no programa 'Universo Porto da Bancada', do Porto Canal.
Ainda no mesmo programa, Francisco J. Marques voltou a afirmar que o FC Porto não irá contratar jogadores que possam deixar o Sporting por justa causa, contrariando mais uma vez Fernando Seara.
"Fernando Seara fez declarações falsas. E vindo de onde vêm são significativas. O FC Porto informou que não iria aproveitar-se do momento de eventual fragilidade do Sporting para tirar partido de eventuais rescisões de contrato, algo que nunca faria. Foi por razões de ética desportiva, que é algo que pelos vistos não existe do lado do Benfica. É público que o fez por intermédio do presidente, dizendo ao Sporting que não tinha de se preocupar. Já aconteceu no passado com Jorge Gonçalves no Sporting e Jorge de Brito no Benfica. E o FC Porto nunca se aproveitou de rescisões para contratar jogadores aos rivais. O FC Porto já teve de responder a ataques de rivais, como as idas de Jaime Pacheco e Sousa para Alvalade que levou à contratação de Futre. Agora foi mantido um princípio de ética desportiva que vem de há décadas", justificou.
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