O diretor de comunicação e informação do FC Porto reagiu esta quarta-feira à multa de 44 mil euros aplicada pela FIFA ao emblema portista por "informações falsas e influência de fundos numa transferência".

Francisco J. Marques considera que esta multa "é inferior à de Benfica e Sporting" e não entende a razão para a proporção do caso.

"Esta notícia, que é de hoje, está a atingir uma proporção inusitada, até porque em comparação com multas idênticas que foram impostas pela FIFA quer ao Benfica, quer ao Sporting no ano passado, exatamente pelas mesmas razões, é muito inferior. O Benfica foi punido em 150 mil francos, três vezes mais, e o Sporting em 110, mais do dobro da multa ao FC Porto. Esperar-se-ia que fosse 3 vezes menor a proporção atingida por esta multa, mas é superior. Isto prende-se com o contrato do Brahimi, que, como é público, o financiamento da transferência foi feito através do fundo Doyen. Na altura não havia proibição da participação da terceira parte (TPO), mas havia uma norma no regulamento sobre a influência da terceira parte na carreira do jogador", começou por dizer Francisco J. Marques no Porto Canal.

"Esta multa é completamente injusta. Se o jogador assinou por cinco anos e está a cumprir o 5º ano, não faz sentido. Não se vislumbra influência nenhuma e está a cumprir o contrato na totalidade. Desta decisão há recurso e o FC Porto, se assim entender, pode recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto da Suíça. Os advogados do FC Porto irão estudar o caso e decidir se irão recorrer ou não. Mas também é por isso é que a multa é tão pequena em comparação ao normal. Não é uma severa punição, é uma pequena punição, três vezes inferior à que o Benfica teve o ano passado e mais de metade inferior à do Sporting", sentenciou Francisco J. Marques.