Numa entrevista ao jornal Record, Francisco J. Marques diz que pretende “fazer uma limpeza no futebol português”, uma vez que acredita que o Benfica tem tido influência na arbitragem.
“Têm uma conduta irregular, de interferência, sobre as competições. Centra-se essencialmente na arbitragem, através de algumas pessoas que ou tinham sido árbitros, como Adão Mendes ou Nuno Cabral, ou desempenharam funções de especial relevo na arbitragem, como Ferreira Nunes, e essas pessoas tinham contacto muito direto com Paulo Gonçalves. E com isto o Benfica quis apenas e só uma coisa: obter vantagem desportiva. Foi criada aqui uma rede de contactos entre os árbitros e o Paulo Gonçalves, que o Nuno Cabral intermediava. Dizer que isto não tem relevância e não tem interferência é brincar com as pessoas. Não é estranho o presidente do Benfica pedir para baixarem uma nota [a Rui Costa]? Não é estranho nunca uma nota ter descido tanto como nesse jogo? É para mostrar poder e para servir de exemplo para todos…”, declarou o responsável pela comunicação do FC Porto.
“Não roubámos nada. Enviaram-me uma cartilha por email. Quando vi aquilo fiquei perplexo e respondi a perguntar como poderia averiguar a veracidade daquilo. Passados 45 minutos recebi outro email com provas inequívocas da veracidade daquilo. Foi assim que se iniciou o contacto. Sim, não sei se é só uma pessoa... Não conheço a identidade. A opinião pública tem o direito de conhecer estes comportamentos”, acrescentou.
O FC Porto foi notificado para responder a uma providência cautelar colocada pelo Benfica, na sequência do caso dos e-mails, divulgado pelo próprio.
“É claro que é uma providência cautelar de medo. O Benfica sabe o que fez e não quer que se saiba”.
E sobre Pedro Guerra: Há pessoas sem argumentos que procuram denegrir o adversário por questões laterais… Vou fazer-lhe uma revelação: se eu quisesse entrar nesse tipo de jogo punha cá fora os emails da penhora do Pedro Guerra, mas não o vou fazer.
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