O presidente do Sporting, Frederico Varandas, e o porta-voz ‘leonino’, Miguel Braga, foram hoje sancionados pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pelo ‘caso’ dos incidentes do clássico com o FC Porto no Dragão.
Segundo a decisão, hoje proferida, o presidente dos ‘verdes e brancos’ vai pagar 2.040 euros de multa, enquanto Miguel Braga foi suspenso 60 dias e multado em 10.200 euros.
Também a SAD do Sporting, em coletivo, é multada em 20.910 euros, aqui, como no caso de Miguel Braga, por infração dos artigos relativos à lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros.
O processo foi instaurado em 22 de fevereiro, dias depois do jogo no Estádio do Dragão ter acabado 2-2 e ser marcado por inúmeros confrontos e incidentes, após uma participação disciplinar dos ‘dragões’ e do Conselho de Arbitragem da FPF, sendo remetido à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional no dia seguinte, “tendo por objeto declarações proferidas sob o enfoque das ofensas à honra e/ou sob enfoque da violação dos deveres gerais”.
Varandas foi sancionado pelas declarações que proferiu sobre o presidente ‘azul e branco’, Pinto da Costa, e o árbitro desse empate a duas bolas, João Pinheiro.
Declarações de Miguel Braga, bem como publicações nas redes sociais e canais de comunicação do clube, levaram às restantes sanções aplicadas.
Apesar da suspensão, o Regulamento Disciplinar das Competições da Liga “permite que as sanções de suspensão por tempo sejam cumpridas ‘nas férias’”, por não emular o regulamento da FPF que previne essa possibilidade.
Assim, com a decisão tomada já depois do fim da época, a suspensão abrange o período da pausa competitiva.
“Ao contrário da suspensão prevista no Regulamento da Federação, que impede os dirigentes de estarem presentes em recintos desportivos, a suspensão prevista no Regulamento da Liga apenas impede os dirigentes de estarem presentes na zona técnica”, pode ler-se na decisão hoje conhecida.
Hoje, outra decisão do CD da FPF sobre o mesmo ‘caso’ ilibou o treinador dos campeões nacionais, Sérgio Conceição, condenando o vice-presidente Vítor Baía a uma suspensão de 25 dias, bem como coima, também aplicada a Rui Cerqueira, diretor de imprensa, sancionado com 115 dias de afastamento.
Além das multas pessoais, também a SAD do FC Porto foi sancionada em coletivo, com uma coima de 16.320 euros, num caso que, para o lado dos portistas, assenta em insultos a Varandas, declarações e publicações nas redes sociais, e no caso de Cerqueira por acertar na mão do presidente ‘leonino’, causando a queda e perda do telemóvel do dirigente lisboeta.
Em 11 de fevereiro, o encontro FC Porto-Sporting, da 22.ª jornada da I liga, que terminou empatado 2-2, ficou marcado por desacatos entre jogadores e elementos das duas equipas, com o árbitro a mostrar vários cartões vermelhos.
Após o apito final de João Pinheiro, os jogadores das duas equipas envolveram-se em empurrões, com o árbitro a expulsar quatro jogadores, dois de cada equipa: os 'dragões' Marchesín e Pepe e os 'leões' Tabata e Palhinha, além de alguns elementos das estruturas.
Um dia depois do jogo, o Sporting anunciou a intenção de apresentar uma queixa-crime contra Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, Vítor Baía, vice-presidente e administrador da SAD portista, e Rui Cerqueira, diretor de imprensa do clube, por “agressões verbais e tentativas de agressão física” ao presidente do clube, Frederico Varandas.
O FC Porto reagiu à intenção dos ‘leões’, negando as acusações feitas e desmentindo quaisquer agressões ao líder do clube de Alvalade.
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