A Fundação Benfica, presidida por Carlos Móia, vai ajudar na integração de quatro crianças ucranianas em Portugal, que estavam inscritas nas escolas dos ‘encarnados’ neste país que se encontra em guerra após a invasão da Rússia.

Oleskii, de sete anos, Myron, de oito, Nikita, de 12, e Illia, de 13, são os quatro rapazes, todos de Kiev, que a Fundação Benfica vai ajudar durante o próximo ano e, fruto de serem alunos da Escola do Benfica em Kiev, serão recebidos pelas escolas dos ‘encarnados’ nas respetivas zonas de residência (Mortágua, Lisboa e Sagres).

Fugidas da guerra na Ucrânia, estas quatro crianças, acompanhadas pelas mães, com os olhos a brilhar, conviveram uns momentos com Rui Costa até que Illia, irmão de Myron, pegou na bola e começou a dar toques nela. Surpreendido, Rui Costa, em tom descontraído, pegou-lhe no braço e direcionou-o para a mesa e disse: quero-o aqui [no Benfica]. Como se fosse para assinar contrato.

O sorriso foi geral, não sem antes, também com Carlos Moía, terem tirado fotografias com estas crianças para a posteridade.

Integradas em Portugal, também com o contributo do Estado português, o Benfica garante a adaptação ao país e nas escolas dos ‘encarnados’. Segundo o presidente executivo da Fundação Benfica, estas crianças terão também um apoio mensal durante um ano.

“Estas são as primeiras quatro crianças que já estão em Portugal com as mães. Jogavam na escola em Kiev. Eles vão poder inscrever-se nas escolas do Benfica e estão abertos a todas às modalidades. Não só o futebol”, disse.

Carlos Móia levantou a ponta do véu em relação ao trabalho da Fundação Benfica e salientou que não se fica por este género de apoios.

“Há pessoas no Benfica com capacidade para ajudar as famílias. Sabemos que há uma pessoa que está à procura de casa. Nós vamos dar aconselhamento sobre os locais mais apropriados para morar. Estamos sempre abertos a ajudar até as famílias estabilizarem. Posso dizer que nenhuma delas (das famílias recém-chegadas e ajudadas pela Fundação Benfica) está parada. Estão já à procura de trabalho”, confidenciou, agradecendo também a “grande ajuda” e o contributo da Fundação SIC Esperança neste processo.

Para já são quatro, mas, segundo Carlos Móia, podem chegar às três dezenas.

“Achamos que poderão cerca de 30. Conforme as crianças forem chegando e fizerem parte da lista de atletas do Benfica, que estão escritos esta época em Kharkiv e em Kiev, serão ajudados garantidamente”, afiançou.