O Gil Vicente vai abraçar a temporada 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol com a missão de se cimentar no principal patamar nacional, mas sem descurar o rigor financeiro, construindo um plantel assente na continuidade e cirurgicamente reforçado.

Tozé Marreco, técnico que assumiu a equipa no último terço da temporada passada, vindo do Tondela, da II Liga, e que conseguiu a permanência, fez a pré-época mas, a três dias de se estrear na I Liga, foi despedido pelos responsáveis dos 'galos', agora liderados pelo novo presidente Rui Silva. Para o seu lugar entrou Bruno Pinheiro.

O jovem dirigente deu continuidade à postura de rigor nos gastos, seguida pelo seu pai e pelo seu tio, que comandaram anteriormente o clube, e apostou em reforços com conhecimento do futebol português ou que pretendem relançar a carreira.

Especial: Tudo sobre a nova época na I Liga - análises, entrevistas, fotos e vídeos

As mais sonantes caras novas vieram do futebol espanhol, com os avançados Jorge Aguirre (ex-Osasuna), Diego Colado (ex-Villareal) e o médio ofensivo Santí Garcia (ex-Getafe) a tentarem dar nas vistas e ‘imitar’ o sucesso do compatriota Fran Navarro, agora jogador do FC Porto, que se projetou nos ‘galos’.

Para dotar a equipa de alguma experiência, sobretudo no setor defensivo, os minhotos recrutaram Josué Sá (ex-Rio Ave) e Sandro Cruz (ex-Desportivo de Chaves), que terão o exemplo do veterano e capitão Rúben Fernandes, que renovou por mais uma época.

Para o meio-campo, Yaya Sithole (ex-Tondela) ou Facundo Cáceres (ex-Farense) aportam conhecimento nas provas nacionais, juntando-se a Maxime Dominguez e Kanya Fujimoto, trunfos no 'miolo' na época passada que seguem Barcelos.

Félix Correia e Tidjany Touré, dois jogadores que em 2023/24 estavam no emblema minhoto por empréstimo, seguem agora a título definitivo, sendo, por isso, ‘reforços’ importantes para o Gil Vicente, que perdeu nomes como Pedro Tiba, Léo Pereira, Ali Alipour e, sobretudo, o jovem médio Martim Neto, um dos mais utilizados, que regressou ao Benfica.

Tendo garantido a continuidade do núcleo duro da equipa, os ‘galos’ tiveram uma prestação regular nos setes jogos de preparação, em que venceram dois (Penafiel e Rio Ave), empataram três (Sporting de Braga B, Desportivo de Chaves e Deportivo da Corunha) e perderam dois (Celta de Vigo e Felgueiras).

O objetivo é que essa regularidade tenha sequência ao longo da 24.ª presença no primeiro escalão, a sexta seguida, evitando os finais de temporada com alguma aflição que se viveram nos dois últimos anos.

A estreia não foi a esperada, já que a equipa perdeu no Dragão com o FC Porto por 3-0 no arranque da I Liga.