Os golos na primeira volta da I Liga portuguesa de futebol cresceram pela quarta época consecutiva, registando-se um total de 331, mais 22 do que na temporada transata e “imensos” 79 em relação a 2008/2009.

No que respeita em exclusivo a campeonatos a 16 equipas, formato que regressou em 2006/2007, após 19 anos de ausência, é preciso recuar a 1984/85 para encontrar uma edição com mais tentos a meio - 342, à média de 2,85 por jogo.

Depois dos “escassos” 252 tentos de 2008/2009 (2,10 por encontro), as primeiras voltas da I Liga têm registado consecutivos aumentos.

Em 2009/2010, o registo subiu para 278 (2,32 de média por encontro), na época seguinte para 292 (2,43) e em 2011/2012 para 309 (2,58).

Na presente temporada, o número de golos nos primeiros 120 encontros do campeonato voltou a crescer, para um total de 331, à média de 2,76 por encontro.

Em termos coletivos, o Benfica foi quem mais contribuiu, com 39 golos, selando o terceiro “título” de melhor ataque a meio da prova nos últimos quatro anos, depois dos 38 de 2011/2012 e dos “mesmos” 39 de 2009/2010.

Pelo meio, o FC Porto acabou a primeira metade da I Liga de 2010/2011 com o melhor ataque, com 36 tentos, mais seis do que os “encarnados”.

O paraguaio Óscar Cardozo (12 golos) e o brasileiro Lima (oito), os dois melhores marcadores do último campeonato – o “canarinho” ao serviço do Sporting de Braga -, ambos com 20 tentos, lideraram o ataque do “onze” de Jorge Jesus.

O líder dos goleadores não é, no entanto, o paraguaio, mas o estreante colombiano Jackson Martinez, que apontou 14 dos 35 golos do FC Porto, fazendo esquecer Falcao, Hulk e mesmo o lesionado James Rodriguez.

Em termos individuais, também merece um destaque especial o camaronês Albert Meyong, autor de 68,4 por cento dos golos do Vitória de Setúbal (13 em 19), seguindo entre Jackson e Cardozo, numa altura em que está iminente a sua partida.

No que respeita aos portugueses, os melhores, com nove golos, foram Éder, que preencheu a vaga deixada por Lima no Sporting de Braga, e Edinho, substituto do agora bracarense na Académica, equipa em que, ainda assim, começa muitas vezes no banco.

O ex-“estudante” foi que mais contribuiu para os 34 golos dos “arsenalistas”, que não faturavam tantos, à 15.ª ronda, há 63 anos (desde 1949/50) e acabaram com o terceiro melhor ataque, apenas a um golo do FC Porto e cinco do Benfica.

Meyong, que conquistou o título de “rei” dos goleadores em 2005/2006, ao serviço do Belenenses (17 golos), foi o segundo melhor marcador da primeira volta e o único que logrou mais do que um “hat-trick” (a prova já registou seis).

O internacional camaronês, campeão olímpico em 2000, marcou por três vezes na derrota caseira face ao Rio Ave (3-5) - num jogo em que João Tomás logrou idêntico feito e chegou aos 100 tentos na divisão principal – e na goleada ao Moreirense (5-0).

No que respeita a “bis” (27), o paraguaio Óscar Cardozo logrou três, um deles em Alvalade (a LPFP até lhe atribui três golos nesse jogo), sendo que Jackson, Éder e o franco-argelino Nabil Ghilas, do “lanterna vermelha” Moreirense, conseguiram dois.

Os golos das equipas da casa (177) não foram muito mais do que os das formações que atuaram fora (154), com a 10.ª ronda a ser a mais produtiva, com 29 golos, e a nona a mais pobre, com 15.

- As últimas 10 épocas com 16 equipas na I Liga (números a meio da prova, após 15 jornadas):

Época          Golos     Média

2012/13        331       2,76

2011/12        309       2,58

2010/11        292       2,43

2009/10        278       2,32

2008/09        252       2,10

2007/08        265       2,21

2006/07        283       2,36

1986/87        304       2,53

1985/86        291       2,43

1984/85        342       2,85