Um estudo feito pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) dá nota de “uma ligeira superioridade” na utilização de jogadores estrangeiros face aos nacionais apenas na I Liga portuguesa de futebol, revela esta quinta-feira o organismo.

Com base no uso de jogadores lusos face aos estrangeiros por parte dos 18 clubes portugueses durante a jornada inaugural da I Liga, os dados do SJPF concluem que as percentagens de 53% contra 47% “são as mesmas que se verificaram” na mesma ronda em 2015/16.

Em relação aos jogadores até aos 23 anos utilizados na primeira jornada em 2016/17 – independentemente da sua nacionalidade -, o estudo exibe uma representação de 31%, menos 3% que na época passada.

O SJPF adianta que apenas se registou um número maior de jogadores portugueses na I Liga na quinta, oitava, 17.ª e 18.ª jornadas.

Entre os clubes que menos utilizaram atletas lusos, figuram Estoril-Praia, FC Porto, Benfica e Tondela. No sentido oposto, Belenenses, Paços de Ferreira, Vitória de Setúbal e Académica lideram a lista.

O organismo afirma ainda que a utilização do jogador português tem “tendencialmente diminuído”, descendo 1% em 2015/16 face à época anterior.

Na II Liga, o panorama é distinto. Na primeira jornada da atual edição verificou-se “uma clara aposta” no jogador português face ao estrangeiro (63% contra 37%). Porém, denotou-se um decréscimo de 1% relativamente ao período homólogo.

No estudo, o SJPF exibe uma utilização de 49% de jogadores até aos 23 anos, compondo a maior ‘fatia’ de futebolistas em ação na jornada inaugural em 2016/17.

Embora haja “uma maior aposta no jogador português” no segundo escalão, a predominância dos atletas nacionais “tem vindo a decrescer”.

Chaves, Oliveirense e Varzim foram as equipas mais portuguesas na II Liga o ano passado, enquanto Atlético, Farense e Portimonense utilizaram mais futebolistas estrangeiros.