Este FC Porto - Académica estava à partida "condenado" a ser relativamente esquecível. Com tão pouco tempo para descansar o plantel, devido aos jogos com o Bayern de Munique, Julen Lopetegui lançou, como já se esperava, uma equipa composta quase inteiramente por habituais "atores secundários".
As nove mudanças no "onze" inicial para esta partida podem não ter sido particularmente surpreendentes face às circunstâncias, mas foram um risco. Um risco que Julen Lopetegui decidiu tomar, embora consciente dos perigos: frente a um grupo de jogadores tão pouco habituados a jogarem juntos, poderia a Académica surpreender e tornar ainda mais difícil a luta portista pelo campeonato?
A verdade é que a Académica lutou para tentar surpreender, sim. Fê-lo no Dragão bem mais do que na Luz, mas também esta partida foi essencialmente um confronto entre equipas com armas complamente desiguais. Mesmo frente a este tal FC Porto inteiramente renovado, a "Briosa" viu-se encostada às cordas logo no arranque da partida e rapidamente assumiu o objetivo de aproveitar um qualquer contra-ataque ou lance de bola parada.
Aquilo que provavelmente não estaria nos planos de José Viterbo, no entanto, era um golo tão madrugador. Com apenas 12 minutos jogados, Hernâni arrancou pelo flanco e atirou à baliza. Cristiano ainda defendeu o primeiro remate, mas nada podia fazer no segundo, que colocou os "dragões" em vantagem. Além de ter feito o único golo do jogo, o extremo ex-Vitória de Guimarães foi sempre o grande elemento desequilibrador: 17 ataques surgiram por iniciativa do extremo portistas. Em segundo lugar neste "ranking", com apenas seis lances, surge o academista Ivanildo.
Apesar de jogar com uma equipa de segundas linhas, o FC Porto manteve-se dominador, mas não conseguiu voltar a ser eficaz. Com isso, foi passando por alguns sustos, como num remate aos 64 minutos que Fabiano conseguiu resolver. Consciente da importância destes três pontos, Julen Lopetegui lá lançou Marcano, Óliver e Jackson, sendo que o último falhou de forma incrível uma oportunidade para dilatar o marcador.
O FC Porto passou, embora "à rasquinha", no exame diante dos "estudantes", numa altura em que as atenções já estão viradas para o duelo de Munique, marcado para terça-feira. Apenas cinco dias depois da ida à Allianz Arena há o grande "clássico" do Estádio da Luz, que poderá decidir o título português. Esses dois encontros estiveram sempre a pairar sobre o Estádio do Dragão no encontro deste sábado.
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