Jorge Jesus abordou o regresso da equipa ao trabalho já a partir da próxima segunda-feira. Na entrevista à BTV, o técnico recordou que os jogadores já estiveram parados devido à pandemia e que o calendário 'encarnado' não deixa outra hipótese.

"Acho que tiveram muito tempo para limpar a cabeça, estou a falar dos jogadores em todo o mundo. Estivemos muito tempo em casa. (...) Dois meses em casa e agora dez jogos para acabar o campeonato. Qual é o problema de começar a treinar uma semana depois do fim da época? Não tem problema nenhum e tem a ver com os objetivos que temos, temos jogo em setembro, não há outra hipótese", disse.

Sobre a sua saída do Benfica e a troca para o Sporting, Jorge Jesus  considerou que o ambiente quente que se viveu na altura da troca faz parte, uma vez que tanto Luís Filipe Vieira como o técnico defendiam os seus clubes.

"As pessoas na altura acharam que o meu ciclo no Benfica tinha acabado. O futebol é assim, até agora, as pessoas que estão no Benfica determinaram que o ciclo no Benfica tinha de mudar e contrataram-me. (...) Não havia outra pessoa que me pudesse tirar do Brasil a não ser Luís Filipe Vieira. Foi ao Brasil e trouxe-me de volta. Nunca tive nenhuma afirmação que pudesse pôr em dúvida o meu trabalho no Benfica. Fui simplesmente para outro rirval. (...) Eles apenas esteve em defesa do Benfica e eu do Sporting. Não me arrependo de nada", recordou.

Ainda sobre a troca, Jorge Jesus espera que olhem para ele pelos resultados alcançados e não sobre essa mudança. Sobre o fim de carreira, o técnico afirma que "dificilmente" vai acaba-la no Benfica.

"Os adeptos do Benfica olham para mim como treinador, o que fiz quando cá estive está marcado pela positiva. Não me podem analisar de outra maneira. Faz parte da minha profissão, amanhã saio do Benfica para outro clube. Não tenho nada que me possa dizer que eu sou treinador de um só clube. (...) Dificilmente vou acabar a minha carreira no Benfica, não sei o dia de amanhã. Posso acabar a carreira no Benfica mas não sei", afirmou.