Mário Ferreira, o investidor radicado na África do Sul que apostou 500 mil euros por metade do capital social da SAD do Vitória de Guimarães, espera ver o clube regularmente nas competições europeias de futebol.

«Gostava de ver o Vitória de Guimarães nas Taças Europeias. Isso seria um sonho completo», disse à agência Lusa o empresário, que entra no futebol por «diversão».

Nascido em Moçambique, filho de pais portugueses mas desde sempre a viver na África do Sul, Mário Ferreira é claro: «Não entrei no futebol para fazer dinheiro, não é a minha ambição. Tenho o meu grupo de companhias que me proporcionam isso. Entrei para me divertir».

Com negócios em vários países africanos nos ramos da construção, imobiliário, sistemas de segurança, energias renováveis e indústria diversa, o empresário garante que a sua aposta no clube minhoto é para «durar» e até pode ser reforçada, «dependendo do projeto».

«Admito [investir mais]. Obviamente admito, depende é do projeto. Mas não vamos entrar em loucuras. Eu e o [presidente] Júlio [Mendes] temos o mesmo pensamento. Se o projeto tiver cabeça, tronco e membros vamos avançar. E se for preciso dinheiro, decidiremos quem vai investir e como», diz.

Filho de portista, Mário Ferreira é sportinguista, mas admite que «o calor da massa associativa de Guimarães» foi decisivo na sua opção: «Vive o jogo como eu vivo a minha vida, sempre a tentar fazer o melhor».

O primeiro objetivo é atingir a final da Taça de Portugal – Vitória de Guimarães venceu 2-0 no Restelo na primeira mão da meia-final, o mesmo resultado do Benfica em Paços de Ferreira – onde, assegura, «tudo pode acontecer».

«O nosso sonho é estar na Europa, via Taça de Portugal», concluiu o investidor, que irá a Guimarães propositadamente para assistir ao desafio com o Belenenses que pode selar a presença no Jamor.