O Sporting recebe hoje o Benfica em nova edição do dérbi de Lisboa, o jogo ‘grande’ da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, à procura de se recolocar a seis pontos do líder FC Porto.
Depois da goleada dos ‘dragões’ em casa perante o Portimonense (7-0), e antes do encontro entre as duas equipas cimeiras do campeonato, na segunda mão da Taça de Portugal, os campeões em título encontram nos ‘encarnados’ uma missão difícil.
Os ‘leões’ precisam de vencer para continuar a seis pontos dos portistas, que até podem vir a sagrar-se campeões na próxima jornada, se a equipa de Rúben Amorim não vencer hoje.
Uma vitória em Alvalade, na partida que arranca às 20:30, assegura pelo menos o segundo lugar, deixando as ‘águias’, terceiros, sem possibilidades matemáticas de chegar ao acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões.
O Sporting fez três alterações na equipa para o ‘dérbi’ de hoje, da 30.ª jornada da I Liga de futebol, com as entradas de Nuno Santos, Palhinha e Paulinho, enquanto o Benfica repete o ‘onze’ de Liverpool.
Os três futebolistas dos ‘leões’ são apostas como titulares do treinador Rúben Amorim, em relação ao triunfo no reduto do Tondela (3-1), da última ronda, substituindo Matheus Reis, castigado, Ugarte e Marcus Edwards, agora suplentes.
Assim, o Sporting apresenta os centrais Gonçalo Inácio, Coates e Luís Neto, à frente do guarda-redes Adán, com Pedro Porro e Nuno Santos nas alas e Palhinha e Matheus Nunes no meio-campo, atrás dos avançados Sarabia, Pedro Gonçalves e Paulinho.
Do outro lado, Nélson Veríssimo voltou a apostar no ‘onze’ inicial de Liverpool, onde o Benfica empatou 3-3 na quarta-feira, depois de estar a perder por 3-1, sendo, porém, eliminado da Liga dos Campeões, face ao desaire na Luz por 3-1.
Diogo Gonçalves volta, assim, a ser o substituto do lesionado Rafa, acompanhando Everton e Darwin na frente de ataque. Vlachodimos é o guarda-redes, Otamendi e Vertonghen os centrais e Gilberto e Grimaldo jogam nas laterais, enquanto Weigl e Taarabt constituem o meio-campo.
Onze do Sporting: Adán, Coates, Palhinha, Matheus Nunes, Nuno Santos, Neto, Sarabia, Paulinho, Porro, Gonçalo Inácio e Pedro Gonçalves.
Onze do Benfica: Vlachodimos, Gilberto, Grimaldo, Vertonghen, Everton, Darwin, Diogo Gonçalves, Weigl, Otamendi, Taarabt e Gonçalo Ramos.
Os 'encarnados', que vêm de um 3-3 em Liverpool na despedida da Liga dos Campeões, nos quartos de final, ostentam o melhor marcador do campeonato, o uruguaio Darwin Núñez, com 24 tentos, e vêm de uma vitória por 3-1 com o Belenenses SAD na última ronda, procurando reduzir para seis pontos a diferença para o segundo lugar: para já, o Sporting soma 73 e o Benfica 64.
Fora das contas de 2021/22, em que os sportinguistas venceram os dois confrontos, um deles na final da Taça da Liga (2-1), a partida hoje arbitrada por Fábio Veríssimo conta ainda para o histórico de embates entre as duas equipas: em Alvalade, igualdade total, com 33 vitórias para cada lado.
Ao todo, e contando com o 3-1 favorável aos ‘leões’ na primeira volta, o Benfica lidera ainda assim de forma confortável o histórico total do ‘dérbi eterno’, com mais 24 triunfos.
O histórico do eterno dérbi lisboeta
O Benfica lidera confortavelmente o histórico do dérbi com o Sporting, ao somar mais 24 triunfos, em 313 encontros, mas os ‘leões’ ganharam os dois encontros disputados na época 2021/22.
Os ‘leões’ venceram o jogo da primeira volta do campeonato por 3-1, na Luz, e superaram também os ‘encarnados’, com reviravolta, na final da Taça da Liga, em Leiria, onde triunfaram por 2-1.
Na ronda 13 da I Liga, em 03 de dezembro de 2021, os comandados de Rúben Amorim venceram fora o ‘onze’ então ainda comandado por Jorge Jesus, num encontro em que entraram nos descontos a liderar por 3-0.
O espanhol Pablo Sarabia, aos oito minutos, Paulinho, aos 62, e Matheus Nunes, aos 68, marcaram os tentos dos ‘leões’, enquanto o suplente Pizzi, entretanto emprestado aos turcos do Basaksehir, amenizou o ‘tamanho’ do desaire, já aos 90+6.
Em 29 de janeiro, na neutra Leiria, o Sporting voltou a impor-se, agora face a um conjunto já liderado por Nélson Veríssimo, na final da 15.ª edição da Taça da Liga.
Os ‘encarnados’ adiantaram-se, aos 23 minutos, por intermédio do brasileiro Everton, mas, na segunda parte, os ‘leões’ deram a volta ao resultado, com golos do central Gonçalo Inácio, aos 49, e do espanhol Pablo Sarabia, aos 78.
Apesar destes dois triunfos, o balanço do ‘dérbi dos dérbis’ continua favorável ao Benfica, que soma 136 vitórias, contra 112 da formação ‘leonina’. Os empates são 65.
Entre encontros da I Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça, Campeonato de Portugal e também do Regional de Lisboa, o conjunto da Luz também soma mais golos, num total de 529, liderado pelos 27 do ‘rei’ Eusébio, enquanto os ‘leões’ marcaram 479, incluindo 48 do ‘violino’ Fernando Peyroteo.
No que respeita apenas à I Liga, o Benfica está ainda mais por cima, ao somar mais 32 triunfos (81 contra 49), sendo que lidera ainda na Taça da Liga (dois contra um).
Em relação às outras competições, os ‘verde e brancos’ comandam na Taça de Portugal (19-16) e na Supertaça (3-2), e também fecharam em vantagem o Campeonato de Portugal (3-2) e o Regional de Lisboa (37-33).
A liderança expressiva das ‘águias’ deve-se, em grande parte, aos tempos mais recentes, sendo que, na segunda década do século XXI, conseguiram a margem mais ‘esmagadora’ em qualquer período de 10 anos.
O conjunto benfiquista somou 15 vitórias, contra apenas cinco dos ‘leões’, o seu pior registo absoluto desde o período entre 1910/11 a 1919/20.
Depois desta grande desvantagem, o Sporting lidera a presente década (desde 2020/21), com três triunfos, contra apenas um do Benfica.
A história do dérbi começou com dois triunfos dos ‘leões’, o primeiro em 01 de dezembro de 1907, por 2-1, face ao ainda Sport Lisboa, no Campo da Quinta Nova, em Carcavelos, onde, segundo as crónicas da altura, os seus jogadores fugiram da chuva e só voltaram obrigados pelo árbitro.
Apesar desse desaire, os ‘encarnados’ ganharam (4-2) o conjunto dos poucos jogos (seis) realizados na primeira década do século XX, assumindo uma superioridade ainda maior na segunda, com 13 triunfos, contra apenas cinco dos ‘leões’.
As ‘águias’ chegaram a ter mais 10 vitórias, só que o Sporting respondeu: foi melhor nas quatro décadas seguintes e no final da temporada 1949/50 já tinha dado a volta ao histórico - 56 triunfos, contra 54 do Benfica.
O melhor período do Sporting foi a década de 40, com mais de 50% de vitórias (21, em 40) e 101 golos - recorde em qualquer década -, em pleno reinado dos ‘cinco violinos’ (Peyroteo, Vasques, Albano, Travaços e Jesus Correia).
Depois, o clube da Luz passou a dominar por completo e reinou nas quatro décadas seguintes, sobretudo na de 70, ainda como o ‘Pantera Negra’ Eusébio da Silva Ferreira a ditar leis: 15 triunfos em 27 jogos (55,6%).
Os ‘leões’ equilibraram na primeira década do século XXI (oito triunfos para cada lado e outros tantos empates), mas, na segunda, o Benfica foi implacável, com 15 vitórias, contra apenas cinco, e 43 golos marcados, contra 24.
O Sporting e o Benfica defrontam-se este domingo, a partir das 20:30, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, em encontro da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado por Fábio Veríssimo, de Leiria.
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