Jesualdo Ferreira falava na habitual conferência de imprensa de apresentação do jogo de sexta-feira no recinto do Vitória de Guimarães, para a 12.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, que antevê "muito difícil".
O treinador dos "dragões" reconheceu que a sua equipa não está tão forte nas transições ofensivas e defensivas, em relação a anos anteriores, e que apesar de ter vindo a melhorar "tem que ser ainda mais forte". "É evidente que isso me enerva, incomoda e chateia. Quando a minha equipa ganha a bola e está tudo aberto para ganhar vantagem e a perde fico doido", confessou Jesualdo Ferreira.
O técnico espera "um jogo de grau de competitividade maior do que com o Rio Ave, num terreno difícil, com chuva e frente a uma equipa em clara ascensão, não só em termos de resultados como nas exibições".
"O FC Porto está melhor, mas tem que ser seguramente melhor neste jogo. Teremos que ser mais fortes", disse Jesualdo Ferreira, acrescentando que o Vitória está moralizado pelos resultados que tem alcançado.
O treinador espera "um jogo diferente do que o FC Porto fez contra o Rio Ave, em que "superou uma equipa complicada e difícil", e espera que a sua equipa seja mais "agressiva, potente e acertiva".
"O mais importante é solidificar os nossos processos e aumentar o rendimento, nomeadamente na finalização", afirmou Jesualdo Ferreira, reconhecendo que o FC Porto é eficiente mas não eficaz.
Jesualdo acredita que "com o tempo", e uma vez que os jogadores já se entendem e conhecem melhor, o FC Porto acabará por melhorar no capítulo da eficácia e na eficiência das movimentações colectivas da equipa.
"O Vitória não tem hipótese nenhuma de ser uma equipa defensiva connosco, porque o público de Guimarães não deixa. Vai ser um jogo em divisão permanente, em que as transições serão fundamentais", disse.
O treinador admite alterações nos convocados, na equipa e no banco, mas recusou a ideia de que algumas ausências - como as de Helton e Rolando frente ao Rio Ave e de Hulk com o Chelsea - são castigos.
"Os lugares ganham-se nos jogos e perdem-se a treinar e a jogar", explicou Jesualdo Ferreira, adiantando que o FC Porto tem um grupo estável de 22 jogadores de campo, todos prontos para entrar na equipa.
Para o treinador, "elaborar uma convocatória envolve escolhas dolorosas e difíceis", nomeadamente quando se trabalha bem durante a semana, e os critérios são os seguintes: equipa, alternativas, premiar e punir.
"A bola que vai rolar é tão pesada que ninguém pode andar distraído. Temos que andar à frente da bola", disse ainda Jesualdo Ferreira, em jeito de recado para dentro do grupo de trabalho "azul e branco".
Em Guimarães, o treinador espera "repetir os bons resultados dos últimos anos", através de "um processo defensivo pressionante e efectivo, que permita sair bem para o ataque, de forma eficiente e com boa eficácia".
Jesualdo abordou ainda o processo de renovação de Bruno Alves, que "está bem encaminhado", mas recordou que todos os treinadores têm que estar preparados para a saída dos jogadores, como já aconteceu e continuará a acontecer.
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