O advogado e antigo membro do Conselho Diretivo do Sporting enaltece o trabalho do treinador e “pede” a renovação do contrato independentemente do objetivo de chegar à Liga Europa.
«Jesualdo Ferreira é o homem certo - pela sua experiência, paciência, método e organização - para trazer estabilidade, calma e ponderação à equipa do Sporting». Foi desta forma que Carlos Barbosa da Cruz resumiu a importância do treinador leonino para o presente e futuro próximo do clube de Alvalade.
O antigo membro do Conselho Diretivo do Sporting considera que o experiente técnico de 66 anos «soube incutir coisas que faltavam notoriamente à equipa e que provocaram esta época tão frustrante». «Vejo o trabalho de Jesualdo Ferreira com muita admiração e não me surpreende», salientou Barbosa da Cruz, deixando a sua sentença sobre o ‘tabu’ da renovação: «Devia ser assinada independentemente de o Sporting ir à Liga Europa. Já exprimi essa opinião. A Liga Europa é um pormenor, uma questão de orgulho e um desejo, mas não traz a visibilidade e o proveito que traz uma participação na Champions».
A aposta nos jovens jogadores formados no clube mereceu igualmente o apoio do antigo dirigente leonino. «O Sporting tem de formar a equipa à base desses jogadores. Temos visto que desde que Dier, Tiago, Bruma, André Martins e outros entraram para a equipa, constituíram uma mais-valia. Há sobretudo um aspeto que me alegra: eles sentem a camisola. Jogam com todo o empenho. Podem nem sempre jogar bem, mas jogam com a dedicação de verdadeiros sportinguistas. Custa-me verificar que antes faltava esse sportinguismo».
Paralelamente, Barbosa da Cruz parece mentalizado para a saída de alguns desses talentos ‘made in Academia’, nomeadamente Rui Patrício. «Um profissional como o Rui Patrício tem direito a voos mais altos. Embora haja no Sporting outros guarda-redes, ficarei contente por ele, porque acho que o lugar do Patrício é no topo da Europa», disse o ex-dirigente dos leões quando confrontado com o cenário de um Sporting sem o guardião destes últimos anos.
Para o advogado e sócio dos leões, o clube também está agora «mais estável, mais organizado e mais competente», embora recuse fazer um balanço da liderança de Bruno de Carvalho. «Tenho dificuldade em atribuir créditos para uma direção que entrou há tão pouco tempo e com um caderno de encargos tão pesado. Aquilo com que a atual direção se defronta não é culpa dela, sejamos justos nessa parte», rematou.