O treinador do Benfica, Jorge Jesus, defendeu hoje que existem condições para ter adeptos na final da Taça de Portugal de futebol, frente ao Sporting de Braga, mas lembrou que isso “depende de quem manda”.
Questionado em conferência de imprensa, no Seixal, sobre uma eventual presença de espetadores no Estádio Cidade de Coimbra, em 23 de maio, o técnico dos ‘encarnados’ foi taxativo e assumiu que “os clubes têm condições” para que tal venha a acontecer, apesar da pandemia de covid-19.
“Se há condições, e bem, para a última jornada do campeonato nacional, [para] esse também, mais cinco dias, uma final, devia permitir-se, dentro das condições que se tenha para dar essa segurança aos 5% ou 10% da lotação do estádio”, considerou.
Nesse sentido, disse que este deveria ser “um caso a pensar por quem manda e quem tem de tomar posição”, mas lembrou que terminar a época com espetadores na bancada seria “terminar em beleza”.
“Nem que seja com 10% dos espetadores, era muito interessante, porque todos nós sentimos a falta dos adeptos, quanto mais quando estás num clube que tem a maioria dos adeptos do país, para poderes partilhar com eles as tristezas e as alegrias”, afirmou Jesus.
Na quinta-feira, a ministra de Estado e da Presidência afirmou que a presença de algum público nos jogos da última jornada da I Liga é um "evento-teste" e não significa qualquer regresso dos adeptos aos estádios.
Esta posição foi transmitida por Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, depois de confrontada com o facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter garantido no mês passado que não haveria público nos estádios até ao final desta época futebolística.
Interrogada sobre se terá algum público a final da Taça de Portugal, entre o Benfica e o Sporting de Braga, Mariana Vieira da Silva respondeu: "Neste momento, a única previsão de eventos-teste que existe são os jogos da última jornada da I Liga".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.999 pessoas dos 841.379 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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