João Aurélio, defesa do Vitória de Guimarães, quinto classificado da I Liga portuguesa de futebol, recusou hoje que a equipa sinta mais pressão por ter assumido a meta de chegar ao quarto lugar, salientando a ambição dos vimaranenses.

O lateral-direito, que, nesta época, também já alinhou a médio, reiterou que a equipa minhota, que soma 44 pontos após 26 jornadas, a dois do lugar definido como meta, ocupado pelo Sporting de Braga, vai lutar pela posição "até ao fim", conforme o que já foi "vincado" pelo presidente do clube, Júlio Mendes, e pelo treinador, Pedro Martins, negando, porém, que haja mais pressão sobre os jogadores.

"Não, de forma alguma. Nós, jogadores que estamos no Vitória, temos muita ambição e queremos sempre o melhor para o clube. Portanto, essa meta tinha de estar presente em nós mesmos", disse, à margem de uma visita à Escola EB1 da Cruz d'Argola, em Guimarães, na companhia do avançado Rafael Martins e de Neno, relações públicas do clube.

O jogador, de 28 anos, admitiu, contudo, que falhar a quarta posição no final da época deixaria os elementos do grupo de trabalho "tristes" e, questionado sobre o calendário teoricamente acessível que o Vitória tem pela frente, apenas defrontando, entre os três primeiros, o Benfica, na 33.ª jornada, respondeu que está "mais do que provado" que "não há jogos fáceis".

"Também há equipas que estão na luta pela permanência e precisam de pontos para se salvarem e, se calhar, vão dar mais do que o que já deram. É muito relativo estar a dizer que temos um calendário mais fácil. Temos é de conquistar três pontos, jogo após jogo", considerou.

Na próxima ronda, a turma de Pedro Martins desloca-se precisamente ao terreno de uma equipa que luta pela manutenção, o Nacional, em jogo agendado para 31 de março, sexta-feira, pelas 21:00, e João Aurélio afirmou que os vitorianos querem aparecer "ainda mais fortes" após o descanso, para dar uma "resposta positiva" num jogo em que o treinador João de Deus se vai estrear pelo adversário.

"O Nacional já nos habituou a fazer bons campeonatos, embora, neste ano, esteja a lutar pela permanência. Tem bons jogadores e tem agora o fator da troca de treinador, que é sempre uma motivação extra para os jogadores", disse acerca do clube que representou nas últimas oito épocas, antes de chegar, no último verão, a Guimarães.

O futebolista disputou 27 jogos oficiais pelos vimaranenses até ao momento, 17 deles a titular, e, apesar de ‘tapado’ por Bruno Gaspar no lado direito da defesa, disse não estar "nada arrependido" de ter ingressado no Vitória e mostrou-se disponível para "ajudar" a equipa "no que for preciso".

"Mantenho a minha forma de trabalhar, mantenho a minha seriedade, tento ser o profissional que sempre fui. Estou bem no Vitória. O treinador terá as suas opções e, certamente, fará o melhor pelo clube", concluiu.