O defesa João Góis, do Paços de Ferreira, considera "aliciante" e "sem pressão nenhuma" o desafio lançado pelo treinador Jorge Simão de a equipa concluir a edição 2015/16 da I Liga de futebol com 48 pontos.

"A fasquia que o técnico colocou não é pressão nenhuma, mas um desafio aliciante e que, na contabilidade do campeonato, nos poderá assegurar um lugar europeu", disse João Góis à agência Lusa.

Sem fazer da qualificação para uma prova europeia uma obsessão, o defesa pacense assume o objetivo de "fazer melhor do que o ano passado", cumprindo o desígnio de uma equipa que "tem sido sempre uma boa surpresa".

"A equipa sente-se confortável a jogar assim, em pressão alta e a atacar pelos corredores, e queremos fazer melhor. Com o novo treinador chegaram processos novos, que demoram o seu tempo a assimilar, mas, depois do último particular em Moreira de Cónegos, melhorámos e hoje cada um sabe o que fazer em campo", sublinhou.

João Góis, de 25 anos, é um dos totalistas do Paços de Ferreira nas três primeiras jornadas do campeonato e, não obstante "um pouco de ansiedade" antes do jogo que marcou a sua estreia, confessou que "a adaptação foi fácil e ajudou", elogiando as pessoas "muito acolhedoras" que o fizeram sentir "como se estivesse no clube há dez anos".

"No início estava um pouco ansioso, mas adaptei-me bem. Noto algumas diferenças, mais substanciais na dificuldade dos jogos e na qualidade dos jogadores", afirmou, apontando o peruano Carrillo, do Sporting, como o adversário mais difícil de travar até agora, devido à sua "velocidade e capacidade técnica".

O defesa lateral, que pode alinhar nos dois ‘corredores’, disse ainda que pensou "chegar um pouco mais cedo" à I Liga, embora admita que agora está "mais maduro" e tem "mais experiência".

"Gosto de apoiar o ataque e tenho a noção de como o fazer, por ter começado a jogar a extremo, e, a partir de trás, fica mais fácil, por jogar de frente para os adversários", adiantou, explicando os longos lançamentos laterais que protagoniza, "mais em jeito do que em força", como "algo que vem desde miúdo".

Representar a seleção portuguesa e jogar a Liga dos Campeões, se possível frente ao internacional brasileiro Daniel Alves (FC Barcelona), a sua principal referência, fazem parte dos sonhos deste madeirense, que um dia admite dedicar mais tempo à música, outra das suas paixões.

"No Chaves, era habitual cantar e tocar para os colegas, mais em inglês, mas no Paços ainda não conhecem esta minha faceta. Talvez venha a acontecer quando chegar a minha guitarra", referiu.

Sorridente, Góis confessou que nunca foi além da participação em ‘karaokes’, contrariando o percurso de uma das irmãs, antiga concorrente de dois programas televisivos de novos talentos e com quem passa as festas de família, como o Natal, a cantar, conforme vídeos disponíveis nas redes sociais.