O empresário João Rafael Koehler veio esta sexta-feira a público pronunciar-se acerca do controverso contrato existente entre o FC Porto e a sua empresa (Connect Capital), no valor de 14,5 milhões de euros, tal como é referido no recente relatório e contas do clube azul e branco, relativo ao primeiro semestre da temporada 2023/24.
Koehler (participante ativo em ações de campanha da candidatura de Pinto da Costa) enviou uma carta ao diário desportivo 'O Jogo', em jeito de comunicado, desvalorizando a polémica em torno da situação, acrescentando que sente "orgulho" em poder ajudar o seu clube quando este o precisava.
"Foi em momentos difíceis, e numa altura em que muitos outros recuaram, que um conjunto de empresários, onde me incluo, decidiu apoiar o FC Porto através de um financiamento. Fi-lo, por exemplo, na subscrição de papel comercial", começa por mencionar.
Sobre este financiamento, o empresário atira uma farpa a André Villas-Boas, referindo que o candidato à presidência dos dragões abandonou o processo de forma prematura.
"Fui eu que sugeri o nome de AVB [André Villas-Boas] para subscrever um desses financiamentos, onde o então treinador investiu 500 mil euros, exatamente nas mesmas condições de juros de todos os outros investidores. E posso dizer mais. Foi o que menos investiu e foi o primeiro a 'abandonar' o financiamento, recebendo o capital investido, acrescido dos juros. Antes de qualquer outro investidor. Fi-lo também através de um contrato de factoring que hoje tem sido mencionado", escreve o empresário.
Mas as críticas de Koehler não se ficaram "entre portas", com o mesmo a deixar críticas ao modo como a banca aborda a situação financeira de outros clubes.
"Como devem saber, os bancos nacionais não estão a financiar os clubes. O FC Porto, ao contrário de outros, nunca teve perdões de dívida. Assim, a FC Porto SAD, tem sido obrigada a recorrer a outros instrumentos de financiamento", conclui.
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