João Loureiro anunciou esta quarta-feira que não vai recandidatar-se à presidência do Boavista e explicou as razões que o levaram a afastar-se do dirigismo desportivo.

Presidente do Boavista desde 2012, João Loureiro referiu num longo comunicado as razões que o levam a afastar-se da liderança do emblema do Bessa depois de ter assumido a presidência nos últimos seis anos.

"No seguimento de uma profunda reflexão, tomei já há algum tempo, e disso tenho deixado sinais nas minhas várias intervenções internas, a decisão de não me recandidatar a novo mandato como Presidente da Direção do Boavista Futebol Clube, o que apenas agora, no final do mandato, anuncio por óbvias razões de estabilidade", pode ler-se no primeiro parágrafo do comunicado de João Loureiro.

"Várias importantes razões, de ordem pessoal, contribuíram para esta minha decisão, mas a mesma deve-se sobretudo ao facto de estar no essencial concluído aquilo a que me propus e na altura anunciei quando, fazem agora exatamente seis anos, me decidi candidatar de novo à Presidência da Direção. E, também, àquilo que fui dizendo e transmitindo ao longo destes dois mandatos: fazia parte da minha missão, além de recuperar a Instituição e criar os alicerces básicos para a sua sustentabilidade, prepará-la por forma que as gerações seguintes pudessem assumir a gestão dos seus destinos, e assim assegurar o seu futuro", acrescenta João Loureiro.

"Mas não bastava ter regressado à 1ª Liga. Era necessário que o Boavista mantivesse esse estatuto, conseguindo-o através da classificação desportiva, mas também cumprindo sempre os Pressupostos para que se inscrevesse e participasse efetivamente na competição. E a verdade é que, não obstante todas as dificuldades que jamais escondi, e a ultrapassagem de muitos obstáculos, passo a passo fomos com muito rigor e contenção fazendo o nosso percurso, sendo esta temporada já a 5ª consecutiva em que participamos na 1ª Liga", frisou o dirigente desportivo em alusão ao regresso do Boavista ao primeiro escalão do futebol português depois de vários anos no então Campeonato Nacional de Seniores na sequência do processo Apito Final.

"(...)Mas, após um SIREVE que foi fundamental, e sem jamais adiantar receitas como outros, agora que bem recentemente foi efectuada a restruturação financeira da SAD através da aprovação do seu PER por esmagadora maioria, penso que estão criados os alicerces fundamentais para que, por um lado, desde que continue a haver o necessário rigor, o Boavista possa ficar sustentado, e, por outro, para que consiga atrair investimento, o que o poderá em meu entender projetar para outro patamar desportivo", considerou João Loureiro.

"Daí que pense que é este, no final do mandato, o momento para deixar de ter funções executivas e abrir espaço para que uma nova geração as assuma. Preferiria talvez, a nível pessoal, regressar à minha condição de simples Associado já com cerca de 45 anos de Sócio, mas, porque em consciência me parece que é importante para assegurar alguma estabilidade e poder ajudar (sem interferir) num ou noutro dossier mais importante, disponibilizei-me para assumir um cargo mais institucional, que me permita ter liberdade e tempo para finalmente me poder dedicar mais às minhas legítimas ambições profissionais e à minha família, bem como a um procedimento médico que por impossibilidade de tempo adio já há mais de dois anos", disse ainda João Loureiro.

"Para que tenha podido em consciência tomar esta decisão, muito contribui também saber que há quem, além de mais jovem e como tal com a energia necessária para o efeito, tem também vontade, capacidade e já alguma experiência para assumir as muito exigentes funções que tive e ainda terei até formalmente terminar o meu mandato. E daí também só agora vos anunciar esta minha decisão", sentenciou João Loureiro.

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