O treinador João Pedro Sousa assumiu hoje estar preparado para um “grande desafio” no comando do Boavista, após ter sido oficializado como sucessor de Jesualdo Ferreira, no arranque da pré-época do clube da I Liga de futebol.

“Sinto-me honrado por ter a oportunidade de representar um clube com a história do Boavista. Cheguei a um clube muito exigente e ambicioso, dois aspetos que jogam bem com a minha forma de ser. Sinto orgulho pelo trabalho que fiz até chegar a este patamar”, vincou o técnico, em declarações publicadas no sítio oficial dos portuenses na Internet.

João Pedro Sousa, de 49 anos, vai cumprir a segunda experiência no escalão principal, praticamente cinco meses depois de ter deixado o Famalicão, à 16.ª jornada, na 16.ª posição, com 14 pontos, resultantes de três vitórias, cinco empates e oito derrotas.

Esse registo contrastou com 2019/20, quando os minhotos, então promovidos à I Liga, 25 anos depois, assinaram o melhor desempenho em oito participações e foram sextos colocados, com 54 pontos, a um ponto do inédito acesso às competições europeias.

“Cheguei a um grande clube, mas venho com a missão de ajudar o Boavista a crescer ainda mais. Queremos ter um ano tranquilo e estou certo de que é isso que acontecerá”, considerou o novo treinador, que rubricou um contrato valido até à temporada 2022/23.

Antes de comandar o Famalicão, João Pedro Sousa trabalhou como técnico adjunto de Marco Silva no Estoril (2012-2014) e no Sporting (2014/15), nos gregos do Olympiacos (2015/16) e nos ingleses do Hull City (2016/17), Watford (2017/18) e Everton (2018/19).

“Estive no Bessa como treinador adversário, mas também várias vezes como adepto. Adoro ver futebol neste estádio. É espetacular. Nos anos em que trabalhei em Inglaterra, falava muitas vezes do Bessa, porque é um estádio tipicamente inglês, mas bem mais moderno do que alguns de lá. Estou ansioso por sentir a força dos adeptos”, afirmou.

O treinador, natural de Luanda, também exerceu funções idênticas nos famalicenses (2009/10) e na formação do Sporting de Braga (2010-12), depois de ter atuado como avançado pelos ‘arsenalistas’, Desportivo de Chaves e Rio Ave, entre outros clubes.

“O Boavista tem uma massa associativa exigente - e é assim que tem de ser, até porque estamos a falar de um clube grande -, mas também muito apaixonada e especial. Neste caso, e eu senti isso como adversário, eles fazem a diferença durante os jogos. Os adeptos vão ser fundamentais para o nosso sucesso”, finalizou João Pedro Sousa.

O Boavista inicia hoje os trabalhos de pré-temporada no complexo contíguo ao Estádio do Bessa, no Porto, um dia depois de Jesualdo Ferreira ter negociado por mútuo acordo a rescisão contratual e antecipado a quebra do vínculo válido até junho de 2022.