O Sporting joga quinta-feira em Moreira de Cónegos contra o Moreirense, a partir das 20h15, na partida que abre a 13ª jornada da I Liga 24/25 e João Pereira, treinador dos leões, fez a antevisão ao encontro e falou do momento que a equipa atravessa. O técnico dos leões sublinhou que a partida, frente a um adversário que já tirou pontos ao Benfica e eliminou o FC Porto da Taça, não será determinante e afirmou-se consciente de que a herança deixada por Amorim é "pesada".

Importância do próximo jogo: "Sofremos mais golos, mas influencia muito o jogo com o Arsenal. Estivemos perto de chegar ao 3-2 e aí o jogo podia ter sido diferente. Acabámos por sofrer cinco golos, é verdade, e éramos uma equipa que ganhava sempre e depois perdemos com o Santa Clara, em duas derrotas consecutivas, algo que já não acontecia há algum tempo. Não diria que a vitória é determinante, mas é importante. Todas as vitórias são importantes e vai ser isso que vamos tentar alcançar amanhã".

Tem sentido a pressão: "Pressão tenho desde o primeiro dia que sou treinador. Tenho os meus objetivos bem definidos, não me deixo acomodar, não facilito e estou sempre à procura de fazer o melhor e que a equipa faça o mesmo. Todos sabemos o timing que foi, por ser uma equipa que ganhava sempre, com um treinador que estava aqui há quatro ou cinco anos... mas vamos estar sempre a bater na mesma tecla, as coisas mudaram, o treinador não vai voltar e estou cá eu. Tenho confiança no meu trabalho, na minha equipa técnica e estamos preparados, preparámos o jogo contra o Moreirense da melhor forma".

Balneário preso ao passado? "Não há dúvida alguma. Não é numa semana que se muda o que aconteceu em quatro anos. Sinto os jogadores confiantes, com a equipa técnica, com o clube e querem regressar às vitórias. Santa Clara? Perdemos, mas tivemos mais remates, posse de bola, oportunidades. E devíamos ter criado mais ainda. O resultado poderia ser outro e neste momento não estávamos a falar disto. Perdemos, mas estou confiante de que tudo vai mudar".

Conversa com os jogadores depois do jogo com o Santa Clara: "Falei com os jogadores como falo todas as semanas, de maneira a preparar o jogo da melhor maneira. Não sou um treinador que faz uma coisa quando ganha e outra quando perde. Não podemos ser levados com os resultados, não mudo consoante o vento. Tenho as minhas convicções e vou continuar com elas porque acho que é assim que vamos melhorar. Contestação? É normal. A equipa vinha de 11 vitórias seguidas, grande campanha na Champions, e de repente aparecem duas derrotas. Tinha de estar preparado para o que ia acontecer, já sabíamos que é normal as pessoas falarem se perdêssemos. Nervoso? Se ficasse nervoso não podia estar nesta profissão. Claro que não fico contente quando perco, mas temos de respeitar quem critica".

Liderança está em risco em Moreira se Cónegos: "O campeonato não está resolvido em dezembro e a verdade é que somos líderes e iremos continuar líderes".

Gyokeres desmotivado?: "O Viktor continua com a mesma fome de fazer golos e com a mesma vontade de treinar do que os outros jogadores".

Se sentir que as suas ideias não estão a passar, é capaz de voltar ao que estava a dar resultado?: "Isso das ideias do outro treinador é difícil. Se tentar fazer isso, apesar do sistema ser parecido, não sei exatamente em que se baseava. Vou imitar uma coisa que não sei replicar, trabalhar? E no final do jogo, o que vou dizer? Para fazerem o que estavam habituados? Já viram que as coisas não são muito diferentes, não jogamos de repente em 4x4x2 ou 4x3x3. Temos de ver o momento. Tínhamos só vitórias - tirando a Supertaça - e de repente perdemos 5-1 em casa. É normal os jogadores quererem dar uma resposta rápida para mostrar que esse jogo tinha sido um erro. A bola não entrou, começaram a ficar um bocadinho mais ansiosos. Depressa e bem não há quem. Foi isso que complicou um pouco, mas não foi por falta de ambição e atitude que perdemos o jogo."

Jogadores indisponíveis: "O Quaresma não está a 100% e o Franco continua doente".

Herança demasiado pesada?: "Já falei disso. Quem viesse para aqui ia sempre ter essa herança. Toda a gente diz, e eu concordo, até porque não sou muito velho, que Amorim foi um dos melhores treinadores da história do Sporting. Pegou no clube numa determinada altura e condição, e ao fim de 4 anos e meio o Sporting luta sempre para ganhar e vencer. Claro que a herança é pesada, mas já sabia".