O antigo futebolista João Vieira Pinto fez hoje uma última vénia ao “capitão” Mário Wilson, lembrando um grande homem e um ótimo treinador que contagiava todos com a sua força, sabedoria e paz.

“Todos nós temos de fazer uma vénia ao ‘capitão’. De facto, onde o ‘capitão’ estava presente havia força, sabedoria e paz. Quando estávamos ao pé dele sentíamos isso tudo. Recordo-o com muita saudade, tenho muita pena. Sei que a vida é assim, mas quando as coisas acontecem sentimos que não estamos preparados para ver estes seres humanos ir para outra vida”, disse o antigo futebolista à BTV.

João Vieira Pinto, que Wilson apelidou carinhosamente como ‘menino de ouro’ quando o orientou no Benfica, confessou que há recordações que vão ficar para sempre.

“Do ‘mister’ Mário Wilson vou ficar com muitas e boas, porque foi uma pessoa que me marcou imenso. Ganhei uma Taça de Portugal com ele, fiz questão de festejar com ele, porque quando havia turbulência e ele aparecia as pessoas ficavam mais calmas. Era um grande homem, era um ótimo treinador e foi uma pessoa que me marcou imenso”, reforçou.

O atual diretor da Federação Portuguesa de futebol lembrou que a presença do ‘velho capitão’ era “muito forte” e assumiu que tinha com o treinador que conquistou a Taça de Portugal em 1995/96 uma relação “quase de pai para filho”.

Mário Wilson morreu hoje, aos 86 anos, anunciou o Benfica, clube que levou como treinador ao triunfo no campeonato nacional de 1975/76 e das Taças de Portugal de 1979/80 e 1995/96.

Natural de Maputo, em Moçambique, Mário Wilson envergou, como jogador, as camisolas do Desportivo de Lourenço Marques, Sporting e Académica.

Como treinador, orientou o Benfica em três ocasiões, mas também emblemas como Académica, Belenenses, Vitória de Guimarães e Boavista, entre outros, assim como a seleção portuguesa na qualificação para o Europeu de 1980.