O diretor desportivo do Arouca, Joel Pinho, suspenso por seis meses pela segunda vez, negou hoje os factos de que o acusam e falou em "facilidade" em punir o clube da I Liga de futebol.

Joel Pinho é acusado de expulsar um jornalista da zona mista do Estádio Municipal de Arouca, no final do Arouca-FC Porto, da quarta jornada da I Liga, a 13 de setembro de 2015. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol castigou-o com uma pena de seis meses de suspensão e uma multa de 2.295 euros.

"Se aconteceu alguma coisa, não sei o que foi, não foi comigo. Não tive qualquer envolvimento. Se tivesse feito alguma coisa não tinha qualquer problema em assumir os meus atos. É a segunda vez que sou condenado sem culpa", explicou Joel Pinho à agência Lusa, protestando contra os castigos rígidos impostos aos clubes pequenos.

O responsável do Arouca considera “incrível a facilidade com que se punem os clubes pequenos, sem factos, sem provas, sem nada”.

“Noutros casos, até com imagens, o processo é arquivado. É uma falta de respeito”, lamentou.

A situação ocorreu numa altura em que Joel Pinho se encontrava a cumprir um castigo idêntico, que o diretor também contesta, por atribuir o comportamento ao fisioterapeuta do clube, Diogo Oliveira.

"O Diogo declarou que foi ele e eles castigaram-no e mantiveram o meu castigo na mesma", protesta.

Tal como da primeira vez em que foi admoestado, Joel Pinho, que neste momento se encontra fora do país, tem já “o advogado do clube a preparar tudo para contestar a decisão” porque não acha correto ser condenado “sem culpa e sem provas”.

Na primeira vez, a sua contestação foi inconsequente, mas desta vez o dirigente tem "fé que seja diferente, que sejam mais sérios".