O futebolista Jorge Correa, em final de contrato com o Marítimo, afirmou hoje estar a um passo de rumar para o Al Qadisiya, equipa da I liga da Arábia Saudita, em declarações à Agência Lusa.
“O mais certo é a Arábia [Saudita], vou fazer os exames médicos e, se tiver tudo bem, já querem contar comigo para as próximas duas épocas”, declarou o médio argentino, enfatizando a ida de jogadores experientes para o campeonato saudita, “que o tem tornado mais competitivo”, tendo descartado duas propostas da Turquia e duas do México.
O esquerdino, de 28 anos, chegou ao Marítimo no mercado de inverno de 2018, sob as ordens de Daniel Ramos, terminando no próximo mês o vínculo de três épocas e meia, após 115 jogos e 12 golos apontados com o emblema ‘verde rubro’ ao peito.
Sobre a temporada que agora chegou ao fim, com os 'leões' do Almirante Reis a lutar pela manutenção até as últimas jornadas, Jorge Correa sublinha a “falta de confiança” e “pouca sorte”, relembrando os jogos que estiveram a ganhar e a escassos minutos do fim consentiram o empate ou até mesmo a derrota.
O médio ofensivo garante que o campeonato português superou as suas expectativas, na sua primeira experiência fora da Argentina, mas admite alguma dificuldade na adaptação quando confrontado com o número de treinadores que teve no Marítimo durante três temporadas e meia, oito.
“É difícil de se adaptar quando começas com um treinador, depois três/quatro meses vem outro e, ao fim de 12 jogos, vem mais um. Como jogador é difícil adaptar-se às ideias de jogo, porque não querem todos jogar da mesma maneira”, enfatizou, relembrando que algumas mudanças partiram da decisão dos técnicos e não da direção do clube.
Problema que relembra não se resumir ao Marítimo, mas sim ao campeonato português, por ser “muito competitivo e exigente”.
Houve uma abordagem do clube insular sobre uma possível renovação do contrato, mas a proposta da "Arábia [Saudita] economicamente foi melhor”, segundo Jorge Correa, que, apesar da sua saída, garante ter cumprido “todos os jogos com o objetivo de deixar o Marítimo na I Liga”.
“Estivemos perto com o Daniel Ramos”, declarou, ao assumir que ficou por cumprir uma qualificação para uma prova europeia, lugar alcançado pelo mesmo técnico na época anterior à sua chegada e na presente ao leme do também insular Santa Clara.
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