Jorge Jesus fez este sábado a antevisão ao encontro de amanhã frente ao Santa Clara, a contar para a 12.ª jornada da Primeira Liga. O técnico dos encarnados revelou que o seu desejo para 2021 é que o mundo consiga ultrapassar a COVID-19 e abordou ainda a chamada que teve com Sérgio Conceição.

Do jogo frente ao Santa Clara, Jorge Jesus espera um adversário que é complicado em casa, muito bem organizada defensivamente e perigosa nas bolas paradas.

Maior desejo para 2021: "O que todos desejamos que melhore em 2021 é a nossa liberdade individual, física relacionado com a pandemia, isso será o melhor que pode acontecer no ano de 2021. Queremos que isto[COVID-19] saia das nossas vidas porque condiciona do ponto de vista familiar, financeiro, tudo o que é o normal para um cidadão"

Jogo: "As expetativas são sempre as mesmas. O Benfica joga sempre para ganhar e este jogo não é diferente. Confiança mas respeitando o adversário, sabendo que é um adversário que nos Açores é difícil. A nossa ideia é continuar na caminhada da recuperação do nosso primeiro lugar, esse é o nosso objetivo, não sei quando, mas o mais rapidamente possível recuperar a nossa classificação. Não adivinho o que o jogo vai ditar, mas vai ser um adversário com uma organização defensiva muito forte, que quer sair em contragolpe e surpreender o Benfica. É uma equipa de bola parada forte, isto vai ser o cenário do jogo. O futebol é aleatório e nunca sabes o que vai acontecer, por mais que andes por aqui"

Chamada com Sérgio Conceição: "O Sérgio Conceição não falou comigo depois do jogo. Falámos no dia de Natal, desejamos um bom Natal um ao outro. Ponto. Não falámos sobre o jogo nem sobre futebol. Se estou mais apático? Continuo a ter a mesma paixão, mas não sou o mesmo treinador, mal de mim se fosse o mesmo treinador que há 10 anos quando cheguei ao Benfica, mal de mim se não tivesse evoluído"

Pizzi: "O Pizzi é um jogador crucial da equipa, pelo que tem representado este ano e por o que tem representado antes de eu chegar. É um jogador influente na equipa, mas hoje no mercado, em qualquer parte do mundo, não há nada que seja seguro. Mas conto com o Pizzi, 100 por cento, sem dúvidas"

Calendário de Janeiro e constância do Benfica: "Nem consegue o Benfica ser constante nos 90 minutos, nem consegue nenhuma equipa do mundo. O que queremos é continuar a ganhar, com sofrimento, alguns com sofrimento, também não há muitos jogos que consigas ganhar sem sofrimento. Há muita competitividade no futebol português e os passos que queremos dar é melhorar as nossas ideias de jogo. Estou há cinco meses no Benfica, desses se calhar tenho dois meses e meio de trabalho, devido a vários fatores. Acreditamos que, jogo a jogo, a equipa possa estar mais de acordo com as ideias que tenho para a equipa. O futebol mudou, não há adeptos. Aquela força dos adeptos, e principalmente no Benfica, onde os adeptos têm uma influência muito grande na equipa, que ajudam a equipa a ganhar, que obrigam a equipa a ter mais intensidade. As coisas mudaram e o que eu quero é que os adeptos regressem rapidamente ao Estádio da Luz, porque nós sentimos muita falta"

Ausência de Otamendi: "O Benfica tem várias hipóteses para poder substituir o Otamendi. Neste momento, com o Jardel de fora, só tem duas: ou joga o Todibo ou joga do Ferro. O Ferro é um jogador muito mais adaptado as minhas ideias e está há mais tempo comigo e a trabalhar, quando o Todibo esteve muito tempo sem treinar por várias lesões. Mas são dois jogadores em que confio muito"

Promessa de "Unir os adeptos" do Benfica cumprida?: "Não tenho a certeza. O que eu mais quero é que o futebol e principalmente os adeptos do Benfica voltem ao Estádio da Luz porque é muito importante para a equipa. Se me aplaudiam de pé? Não sei, tenho 30 anos de carreira e só estive num país do mundo que me aplaudia de pé em todos os jogos. E não me aplaudiam de pé 20, 30 eram 70 mil. São situações que vivem as equipas em todo o mundo. Os resultados influenciam a forma como tudo és ou não aplaudido. Ganhando há uma forma de estar, não ganhando há outra"

Waldschmidt não estava a corresponder na última partida: "Achava que o Luca podia estar a dar mais rendimento e que o Pedrinho podia dar outras movimentações, porque são dois jogadores diferentes. Falei com ambos, em função daquilo que penso e falo todos os dias, do rendimento do jogo, do que quero para o futuro. No jogo o Luca, para o rendimento que achava que o Pedrinho podia trazer, substituí. Amanhã é outro jogo"

*Última atualização às 14h35