Jorge Jesus fez a antevisão à partida do Benfica frente ao Paços de Ferreira marcada para amanhã às 20 horas no Estádio da Luz e a contar para a nona jornada da I Liga.
Paços de Ferreira: "O Paços de Ferreira está a fazer um bom campeonato, está na 5.ª posição. É uma equipa que até tem menos golos sofridos que o Benfica, e também é uma das equipas que mais faltas tem feito. Mas isso não é problema para nós, é mais para a equipa de arbitragem. O Paços de Ferreira tem um jogo positivo, as equipas que tem ideias positivas normalmente ganham mais jogos. Vai ser um jogo difícil contra um rival que está moralizado. Nós sabendo o nosso valor, queremos estar a um nível mais alto que o Paços para alcançar o seu objetivo que é a vitória e os três pontos"
Setor defensivo do Benfica: "Todos os momentos do jogo nos preocupam. Uns desenvolve mais que outros, uns está mais preocupado que outros o que é normal em função daquilo que a equipa transporta para o treino. Aquilo que nos temos debruçado é a nossa organização defensiva, já desde que cheguei. Neste último jogo já não sofremos golos, que é algo relevante. (...) O que temos vindo a fazer, não havendo tempo para treinar os momentos do jogo, há tempo para recuperar e é isso que o Benfica faz. Não há tempo para trabalhar momento de jogo"
Lucas Veríssimo: "Para já, nunca senti que houvesse novela com o Cavani, como não sinto que haja com o Lucas. Isso de novelas é na televisão, não é nos jogadores. Todos os clubes que estão no mercado, uns conseguem, outros não, uns demoram mais tempo. São situações normais em que os clubes estão dependente de fazer essa contratação. Se consegue, consegue, se não consegue, segue para outro"
Anti-jogo: "Existem duas formas de analisar o que é o anti-jogo. O anti-jogo não é uma equipa que se organize defensivamente num sistema que o seu treinador que é melhor para esse jogo. Se quiser jogar com todos os jogadores atrás da linha da bola, isso não é anti-jogo, é uma forma tática. Anti-jogo é 30 faltas num jogo, o guarda-redes a 10 minutos do fim a atirar-se para o chão, os jogadores sempre que o adversário sai em contra-ataque a tirarem-se para o chão para ver se metem a bola fora... O Benfica não mete. Isso é que é anti-jogo, é aquilo que eu não defendo, que quem gosta de futebol não defende. Agora a forma como podem jogar com os outros, mais ou menos defensivo, não é anti-jogo, são ideias de jogo"
Um reforço ou o público nos estádios como prenda de Natal?: "Antes queria os adeptos a voltarem aos estádios, mas é que não tenho dúvida nenhuma sobre isso"
Falhanços no mercado: "Não é por ser o Benfica, faz parte do que é uma contratação de um jogador. Nem sempre se consegue contratar os jogadores que queres, isso não é falhanço nenhum! (...) Não considero isso um falhanço de contratação, isso era eu contratar-te para jogares na minha equipa e afinal não jogares tanto como eu pensava"
Mercado: "Eu penso que todas as estruturas do futebol, quando abre a janela de mercado, sentam-se, organizam-se, preparam-se para o mercado. E o Benfica, como todas as equipas do mundo, não foge à regra"
Gabriel e Weigl compatíveis no mesmo onze: "Compatíveis são, mas quando, como e onde? Isso é que é a diferença. Se eles são compatíveis em poucos jogos, são. Para mim, em muitos jogos, não são compatíveis para a minha ideia de jogo. Quando se analisa uma forma de jogar e um jogador, mais que ninguém sabe se essa ideia de jogo foi perfeita ou não do que o treinador. As ideias de jogos não passa por analisar pelo que é o jogador individualmente. O que é fomentar ideias, estratégias é só para alguns"
Taarabt: "Vai estar convocado. Hoje vai treinar, amanhã vai treinar. O problema do COVID-19 passou, já passaram 10 dias"
Momento de Pizzi: "O Pizzi é um jogador com mais características ofensivas que defensivas. Uns podem pensar que ele mais jogador do corredor, outros do corredor central, eu acho que é mais de corredor central. É isso que temos feito, dentro das caraterísticas que ele tem só pode jogar em duas posições. É um jogador que tem golo e isso é um dado a acrescentar ao valor dele. (...) Não privilégio muito as mudanças de treinadores de jogos para jogo, mas é um jogador que temos de ter algum cuidado como ele. São jogadores que têm mais jogos consecutivos e temos de começar a olhar para eles para não os colocarmos em risco de lesão"
Darwin marca mais na Liga Europa: "Tem a ver mais que houve mais tempo até aos jogos da Liga Europa que para os jogos do campeonato. Ele foi crescendo com o início da época e é natural que ele tenha feito mais golos na Liga Europa. Também dizer que no campeonato português os treinadores portugueses são mais evoluídos que os que estão na Liga Europa e por isso têm mais conhecimento para poder anular não só o Darwin como qualquer jogador do Benfica"
O que valoriza mais numa equipa: "O futebol tem cinco momentos de jogos, só tinha quatro mas eu fiz querer que tem cinco e todo o mundo já diz que tem cinco. Se analisarmos do ponto de vista técnico-tático, o momento mais difícil é o ataque posicional. A organização defensiva é um dos momentos do jogo que, na minha opinião, mais influência o treinador tem. Uma equipa que tenha só uma boa organização defensiva não chega, se não conseguir sair, se não tiver o contra golpe, acaba sempre por perder. Pode empatar zero a zero. Todos os momentos são importantes, mas existem uns mais difíceis de trabalhar"
*Artigo e título atualizado às 16h14
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